A notícia para o mercado ontem foi de que o governo avalia prorrogar o auxílio emergencial somente para quem recebe Bolsa Família, até janeiro de 2023, limitado a R$ 300, dentro do teto dos gastos, ao custo de R$ 27 bilhões.
Isso em partes anulou o efeito positivo no Real com mais um leilão de swaps pelo Banco Central, mas ainda assim, o dólar fechou em leve queda na sessão de ontem, mas continua pressionado pela necessidade dos bancos terminarem as últimas tranches do overhedge.
O sinal de aumento do bolsa família foi o ponto de descolamento dos ativos locais ontem, pois no exterior o dia foi positivo, apesar da perspectiva mais concreta é da ocorrência do tapering, dado um PPI levemente abaixo das expectativas – ainda pressionando no índice anual – e o menor índice de pedidos de auxílio desemprego, desde que se deflagrou a pandemia.
Ainda assim, o mercado local passou pelo vencimento de opções, o que deixa a sessão de renda variável mais volátil e pode ser um ponto de inflexão, pois os mercados no exterior continuam positivos, com dólar global colecionando mais um dia de quedas.
Se fosse pela agenda macroeconômica o dia continuaria positivo, pois o resultado do setor de serviços, ainda que um pouco abaixo da nossa expectativa, foi bom e demonstrou que agosto registrou um movimento atípico de melhora, o que já havia sido computado pelos dados do mercado de trabalho, demonstrando uma absorção maior de vagas no setor.
A temporada de balanços continua e mais uma série de bancos, Bank of America Corp (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) e Wells Fargo & Company (NYSE:WFC)(SA:WFCO34) apresentaram resultado acima das expectativas.
Neste sentido, os resultados do terceiro trimestre tendem a abalizar o humor dos mercados na última sessão da semana, a qual conta com mais resultados e na agenda macroeconômica, vendas ao varejo, atividade do Fed de NY, confiança do consumidor nos EUA e no Brasil, o IGP-10 e o IBC-Br, índice mensal do PIB pelo Banco Central.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados de varejo e balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a tendência da temporada de balanços.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com menores estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,36%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,5126 / -0,07 %
Euro / Dólarr : US$ 1,16 / 0,095%
Dólar / Iene : ¥ 114,29 / 0,537%
Libra / Dólar: US$ 1,37 / 0,439%
Dólar Futuros. (1 m) : 5536,46 / 0,21 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,65 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 23: 9,14 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 25: 10,06 % aa (0,50%)
DI - Janeiro 27: 10,46 % aa (0,29%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,2383% / 113.186 pontos
Dow Jones: 1,5555% / 34.913 pontos
Nasdaq: 1,7280% / 14.823 pontos
Nikkei: 1,81% / 29.069 pontos
Hang Seng: 1,48% / 25.331 pontos
ASX 200: 0,69% / 7.362 pontos
Abertura
DAX: 0,312% / 15510,90 pontos
CAC 40: 0,420% / 6713,31 pontos
FTSE 100: 0,223% / 7223,76 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,21% / 114340,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,34% / 4444,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,293% / 15081,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 1,06% / 105,52 ptos
Petróleo WTI: 0,89% / $82,03
Petróleo Brent: 0,90% / $84,75
Ouro: -0,73% / $1.782,48
Minério de Ferro: -0,41% / $122,83
Soja: 0,73% / $1.215,00
Milho: 1,21% / $523,00
Café: 0,72% / $210,75
Açúcar: 1,74% / $19,93