Um clima de correção dos ativos no exterior se uniu ao clima político cada vez com maiores ruídos para uma sessão pesada do mercado financeiro local, incluindo uma abertura da curva de juros e alta no dólar.
Há um óbvio exagero na reação do mercado ao excessivo ruído político, pois ainda que seja alimentado por uma imprensa hostil, os elementos documentais são limitados, assim como a possibilidade de impeachment.
Aliás, o pedido de entrada da polícia federal no circuito pela ministra do supremo Rosa Weber é positivo neste sentido, pois é daí que ocorre a busca pelo real comprobatório dos eventos e não somente a seara de especulações que alimenta o ruído.
Para alguns analistas, o meio político de oposição não quer isso, quer manter o máximo de ruído possível, gerando um ‘sangramento eleitoral’ do incumbente, ou seja, o ideal para eles é que nem sequer ocorra o impeachment e sim uma CPI que alcançasse o ano eleitoral.
Neste contexto, o governo se agarra ao máximo para tentar sobreviver, o que usualmente significa um problema de ordem fiscal, atrapalhando reformas importantes e gerando aberrações como a proposta de ‘reforma’ tributária, que no fim, é um aumento de impostos e de burocracia nada disfarçado.
Com as aberturas positivas das bolsas internacionais, hoje deve se medir a pressão sob o mercado local e o quão embebido está no ruído político.
No exterior, o foco é na ata da última reunião do FOMC e a leitura do mercado para os próximos passos do comitê, após temores de que o ‘taper tantrum’ pudesse ser adiantado para 2023, muito próximo daquilo que era anteriormente preconizado pelos analistas.
Pelo comunicado, a impressão foi de que o comitê havia caído na ‘real’ sobre o aspecto não tão temporário da inflação, porém o discurso de Powell logo em seguida rechaçou a possibilidade de ‘tapering’ tão cedo, indicando que os EUA ainda dependiam de estímulos para manter a atividade econômica.
Localmente, o foco é no IGP-DI, com queda consistente ao dólar de junho, vendas ao varejo, com projeção de um mês de maio positivo, dado o dia das mães, onde porem vemos uma contração em junho e os dados da Anfavea.
Os EUA ainda contam com o número Jolts de criação de vagas de trabalho.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, levemente otimista e quebrando com sentimento cauteloso na Ásia durante a noite.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo e cauteloso, após um fechamento errático nas bolsas ocidentais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operando negativos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e ao cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após a queda com a falta de clareza entre os membros da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,34%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1997 / 2,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,017%
Dólar / Yen : ¥ 110,79 / 0,118%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,029%
Dólar Fut. (1 m) : 5212,68 / 2,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,77 % aa (2,65%)
DI - Janeiro 23: 7,28 % aa (1,46%)
DI - Janeiro 25: 8,35 % aa (1,46%)
DI - Janeiro 27: 8,77 % aa (1,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,4381% / 125.095 pontos
Dow Jones: -0,6008% / 34.577 pontos
Nasdaq: 0,1661% / 14.664 pontos
Nikkei: -0,96% / 28.367 pontos
Hang Seng: -0,40% / 27.961 pontos
ASX 200: 0,90% / 7.327 pontos
ABERTURA
DAX: 0,884% / 15648,44 pontos
CAC 40: 0,033% / 6509,61 pontos
FTSE: 0,652% / 7147,15 pontos
Ibov. Fut.: -1,51% / 125525,00 pontos
S&P Fut.: -0,205% / 4333,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,430% / 14837,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,27% / 93,97 ptos
Petróleo WTI: 1,66% / $74,66
Petróleo Brent: 1,45% / $75,70
Ouro: 0,46% / $1.807,49
Minério de Ferro: 0,38% / $217,58
Soja: 2,80% / $1.402,00
Milho: 1,30% / $664,50
Café: -3,05% / $147,90
Açúcar: 0,78% / $18,00