Finalmente o IPCA, com grande expectativa do mercado pela deflação puxada por transportes e alimentada pela desinflação de alimentos, os dois principais itens a comporem o índice, seguido de habitação.
Muito se discute a questão da política monetária e de como se comportam os diversos núcleos e componentes inflacionários, especialmente após a fala mais dura de membros do Banco Central recentemente, interpretada como Hawk por parte do mercado e analistas.
No entanto, mantemos uma postura crítica tanto quanto à interpretação dos discursos recentes do Bacen, quanto da insistência da observação dos núcleos inflacionários como parâmetros de política monetária no Brasil.
Primeiramente, Campos Neto e outros membros foram críticos às distorções das curvas de juros, em meio à percepção de retomada do afrouxamento monetário, vis-à-vis projeções de inflação não totalmente compatíveis com o período em questão.
Neste caso, o Bacen não vê como compatíveis as projeções de inflação em 2024, com a percepção de queda de juros a partir do primeiro trimestre de 2023, conforme exige precifica a curva e tal clara distorção precisa ser endereçada pela autoridade monetária.
Ou seja, o Bacen não veio falar de elevação marginal de 25 bp, completamente inócua, dado o atual nível de taxa nominal de juros, de forma a controlar o que ele vê como uma pressão, por exemplo, de salários e núcleos e sim avisar ao mercado que um corte já no início de 2023 não combina com as projeções de inflação de 2024 e sequer com os objetivos de política monetária.
A preservação da taxa por um período suficientemente longo, conforme exatamente as comunicações oficiais do Bacen tem preconizado é a melhor percepção para que a defasagem das decisões de política monetária se efetive na economia real e a partir daí, dê espaço para se analisar a possibilidade de reversão da política adotada.
Já a composição do consumo do brasileiro e a forma em que se conduz a política monetária, utilizar os núcleos locais como referência, em um cenário adverso como o atual é no fim, promover a ideia da necessidade de um Volker Moment aqui, o que sequer faz sentido, em meio à recuperação da atividade econômica.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a elevação recorde de juros na Europa e de 3 semanas de perdas nas bolsas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após comentários de Powell sobre inflação e liderados por Hong Kong.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à cobre, prata e ao minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, dividido entre a promessa de Biden de liberar novos estoques estratégicos e a promessa de corte de produção da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,41%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2154 / -0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,01 / 0,910%
Dólar / Yen : ¥ 141,71 / -1,707%
Libra / Dólar : US$ 1,16 / 0,982%
Dólar Fut. (1 m) : 5247,00 / -0,54 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,71 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 24: 13,03 % aa (-0,57%)
DI - Janeiro 26: 11,49 % aa (-1,75%)
DI - Janeiro 27: 11,42 % aa (-1,81%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1384% / 109.916 pontos
Dow Jones: 0,6119% / 31.775 pontos
Nasdaq: 0,5956% / 11.862 pontos
Nikkei: 0,53% / 28.215 pontos
Hang Seng: 2,69% / 19.362 pontos
ASX 200: 0,66% / 6.894 pontos
ABERTURA
DAX: 1,162% / 13054,68 pontos
CAC 40: 1,534% / 6219,87 pontos
FTSE: 1,560% / 7375,35 pontos
Ibov. Fut.: 0,22% / 111213,00 pontos
S&P Fut.: 0,73% / 4034,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,962% / 12442,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,35% / 117,74 ptos
Petróleo WTI: 1,56% / $84,84
Petróleo Brent: 1,73% / $90,69
Ouro: 1,15% / $1.727,91
Minério de Ferro: 2,97% / $103,00
Soja: 0,26% / $1.470,50
Milho: 0,89% / $680,50
Café: 1,70% / $229,70
Açúcar: 1,00% / $18,11