Para o alto e avante.
Na sessão de ontem, os ativos de mercado financeiro seguiram todos na mesma direção, por motivos obviamente distintos.
As bolsas de valores internacionais se animaram pela escolha de Janet Yellen, ex-chairwoman do Fed para secretaria do Tesouro do presidente eleito Joe Biden, o equivalente ao ministério da economia no Brasil e pelos avanços da vacina Oxford/AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34), com 70% a 90% de eficácia.
Tal cenário pode ganhar continuidade, com a Agência Geral de Administração (GSA) do governo americano indicando estar pronta para o processo de transição, num sinal de que apesar da retórica, o presidente Trump deve ceder à presidência na data correta.
Todas estas notícias, aliadas a novos nomes escolhidos para compor o novo governo americano trariam um contexto geral mais positivo, se não fosse a desconfiança local com os designíos fiscais do governo e do interesse da chamada “ala política” pela extensão do programa de alívio da pandemia.
O ministro Paulo Guedes, na sua série de lives continua a sinalizar um enxame de boas vontades e austeridade fiscal, porém os investidores começam a cobrar um avanço da teoria à prática, dado que o apoio do governo à “ala econômica” parece cada dia mais frágil.
Neste sentido, a desconfiança do mercado acaba por se explicitar na pressão das curvas de juros e na desvalorização do Real frente ao dólar, ativos que melhor dão o tom daquilo que se pensa efetivamente das intenções do governo.
Para os investidores, é sempre interessante saber que a equipe econômica continua a defender o teto dos gastos, as privatizações e as reformas, ou seja, toda a agenda que o mercado se compromete a defender, porém, não é mais de Guedes, Campos Neto ou qualquer outro notável deste grupo que se quer ouvir uma defesa de tais pautas e sim daquele aparentemente dedicado à reeleição do atual presidente.
Os desafios não são pequenos para o país neste momento, principalmente com a insistência das pressões inflacionarias, como a ser destacado no IPCA-15 de hoje e que ainda não refletem a premente piora do estado fiscal, com a ausência do governo de uma defesa enfática das reformas.
“É a economia, estúpido!”
Atenção hoje também à arrecadação de impostos de outubro e nos EUA, preços de imóveis e dados de manufatura do Fed de Richmond.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a esperança renovada com a vacina.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, exceção a Shanghai.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos a partir de 10 anos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o cobre e a platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com esperança renovada pela vacina e na expectativa pela OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,90%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4341 / 0,83 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,405%
Dólar / Yen : ¥ 104,21 / -0,287%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,315%
Dólar Fut. (1 m) : 5445,41 / 1,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,41 % aa (5,00%)
DI - Janeiro 23: 5,24 % aa (2,34%)
DI - Janeiro 25: 7,06 % aa (1,58%)
DI - Janeiro 27: 7,83 % aa (1,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2602% / 107.379 pontos
Dow Jones: 1,1201% / 29.591 pontos
Nasdaq: 0,2165% / 11.881 pontos
Nikkei: 2,50% / 26.166 pontos
Hang Seng: 0,39% / 26.588 pontos
ASX 200: 1,26% / 6.644 pontos
ABERTURA
DAX: 0,912% / 13246,68 pontos
CAC 40: 1,302% / 5563,65 pontos
FTSE: 0,884% / 6389,81 pontos
Ibov. Fut.: 1,32% / 107409,00 pontos
S&P Fut.: 0,613% / 3576,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,323% / 11942,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,04% / 74,19 ptos
Petróleo WTI: 1,14% / $43,54
Petróleo Brent: 0,93% / $46,51
Ouro: -0,77% / $1.823,58
Minério de Ferro: -0,11% / ¥ $123,18
Soja: -0,59% / $1.184,75
Milho: -1,88% / $418,50
Café: -0,91% / $114,45
Açúcar: -0,99% / $14,99