O otimismo com o início do processo de imunização no Brasil superou a correção dos ativos no exterior e garantiu uma sessão mais calma ontem, ainda que representada por um menor volume, dado o feriado nos EUA.
O retorno do referencial das bolsas americanas busca se recuperar de uma semana difícil antes da posse do presidente eleito Joe Biden.
O anúncio de um pacote de US$1,9 tri parece ter desanimado parte dos investidores não pelo montante total, mas pelo valor individual que seria dado a cada pessoa.
Do nosso lado, mercados emergentes colecionam novos recordes, com as taxas de juros globais ultrabaixas e as esperanças de estímulo iluminando suas perspectivas, enquanto a maioria das moedas subiu com a queda do dólar devido à incerteza sobre a política dos EUA.
No geral, mercados emergentes se beneficiaram de tal política monetária frouxa e da perspectiva de uma recuperação econômica estável neste ano, com bolsas atingindo uma série de máximos recordes, pois são vistas oferecendo melhores retornos do que renda fixa e moedas.
O Brasil e o Real ainda falham em capturar tais movimentos como o restante de seus pares internacionais, inicialmente pela desconfiança com questões fiscais e reformas inacabadas, mas também pela taxa de juros igualmente frouxa, a qual deve ser mantida inalterada na reunião do COPOM que se inicia hoje.
Daí a forte distorção com um dólar global em franca derrocada, em resposta às políticas acomodatícias adotadas nas economias centrais nos últimos anos e potencializadas pela pandemia.
Com Janet Yellen no Tesouro americano e provavelmente Lael Brainard no Federal Reserve, dificilmente os EUA poderiam escolher um time mais afável a políticas acomodatícias e Free Flow Money.
Para o Brasil, além evidentemente das reformas tão necessárias ao avanço econômico e social do país, é necessário se enfrentar a turbulência política, inflação estrutural que não permite a manutenção de juros nos atuais patamares por muito tempo dada a instabilidade cambial que isso gera.
O espaço para erros no Brasil está cada vez mais próximo a zero.
Atenção hoje aos balanços de Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34), Charles Schwab (NYSE:SCHW) (SA:SCHW34), Goldman Sachs (NYSE:GS)(SA:GSGI34), Halliburton (NYSE:HAL) (SA:HALI34) e Logitech (NASDAQ:LOGI) e na agenda macro, índice Zew na Europa, Net TIC Flows nos EUA e IGP-M semanal no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, o retorno do referencial das bolsas nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, exceção a Shanghai.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, conforme a oferta diminui à medida que os casos de vírus aumentam.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,12%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2969 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,340%
Dólar / Yen : ¥ 104,00 / 0,270%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,177%
Dólar Fut. (1 m) : 5292,89 / 0,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,23 % aa (-1,17%)
DI - Janeiro 23: 4,98 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 6,45 % aa (-0,62%)
DI - Janeiro 27: 7,08 % aa (-0,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7418% / 121.242 pontos
Dow Jones: -0,5720% / 30.814 pontos
Nasdaq: -0,8704% / 12.999 pontos
Nikkei: 1,39% / 28.633 pontos
Hang Seng: 2,70% / 29.642 pontos
ASX 200: 1,19% / 6.743 pontos
ABERTURA
DAX: 0,329% / 13893,92 pontos
CAC 40: 0,048% / 5619,97 pontos
FTSE: 0,308% / 6741,36 pontos
Ibov. Fut.: 0,76% / 121263,00 pontos
S&P Fut.: -0,762% / 3762,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,935% / 12929,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 80,44 ptos
Petróleo WTI: 0,23% / $52,56
Petróleo Brent: 0,80% / $55,42
Ouro: 0,16% / $1.843,44
Minério de Ferro: -0,42% / ¥ $169,97
Soja: -0,51% / $1.407,50
Milho: 0,28% / $532,00
Café: -1,29% / $126,35
Açúcar: 1,16% / $16,66