Finalmente, seu ouviu aquilo que se deveria e de quem se deveria, ainda que o mercado financeiro não tenha gostado muito, aparentemente.
Em um dia já pesado e de realização de lucros, ao menos no Brasil, o discurso daquela considerada a “PermaDove” do Federal Reserve, a vice-chairman Lael Brainard indicando a necessidade de se atingir uma posição mais neutra de juros neste ano é um sinal importante da instituição.
Ela e Powell sempre foram os maiores defensores de juros baixos e da contínua injeção de recursos na economia, mantendo uma postura mais do que leniente com a inflação, a qual coleciona recordes atrás de recordes nos EUA.
Agora, a realidade dura dos fatos demonstra a necessidade de uma ação cada vez mais enérgica cresce à medida que se adia o inevitável, como as altas mais recentes de juros em conta-gotas.
O aumento do balanço do Fed continua ocorrendo, pois a promessa de tapering, ou seja, redução das compras e recompras de ativos ainda está em andamento e em tese, a injeção de recursos terminaria este mês, com a efetiva redução no próximo.
Como já citamos em outras ocasiões, talvez mais importante do que elevar os juros, será tal redução de balanço, pois a injeção de recursos a partir de 2020 ganhou contornos somente vistos no passado em bolhas inflacionárias e ocorreu com a justificativa de controlar os efeitos da pandemia.
A efetividade de tais injeções ainda está em discussão e em muitas localidades, como na Europa, a reticência admitir o total descontrole da inflação, como no índice ao atacado hoje que atingiu recordes 31,4% ao ano pode levar a um movimento de estagflação muito em breve no bloco, com instrumentos limitados para debelar tal evento.
Na China, a queda do Caixin PMI composto para 43,9 pontos de 50,1 anteriores e de serviços de 50,2 pontos para 42, ante projeção de 49 demonstra o aprofundamento da crise com a política de COVID zero no país, porém é uma crise de caráter diferente, pois não conta exatamente com a questão inflacionária na mesma dimensão observada em economias centrais.
Com isso tudo no cenário, se torna de especial atenção a leitura hoje da ata da última reunião do FOMC e as perspectiva do que se pode tornar o novo cenário para os juros nos EUA e quem sabe, no mundo.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após comentários mais hawkish do Fed.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, após dados negativos da economia chinesa.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com temores obre os efeitos de novas sanções contra a Rússia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,99%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 4,6512 / 1,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,083%
Dólar / Iene : ¥ 123,94 / 0,210%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,176%
Dólar Fut. (1 m) : 4686,25 / 0,85 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 12,72 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 24: 12,00 % aa (1,48%)
DI - Janeiro 26: 11,13 % aa (2,16%)
DI - Janeiro 27: 11,09 % aa (2,12%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9742% / 118.885 pontos
Dow Jones: -0,8038% / 34.641 pontos
Nasdaq: -2,2596% / 14.204 pontos
Nikkei: -1,58% / 27.350 pontos
Hang Seng: -1,87% / 22.081 pontos
ASX 200: -0,50% / 7.490 pontos
ABERTURA
DAX: -1,508% / 14205,64 pontos
CAC 40: -1,484% / 6546,92 pontos
FTSE: -0,324% / 7589,02 pontos
Ibovespa Futuros.: -2,09% / 119028,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,66% / 4490,5 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,939% / 14681,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,52% / 126,86 ptos
Petróleo WTI: 1,67% / $103,66
Petróleo Brent: 1,36% / $108,09
Ouro: 0,31% / $1.929,37
Minério de Ferro: -1,49% / $161,25
Soja: 0,28% / $1.632,50
Milho: -0,30% / $755,00
Café: 0,00% / $230,55
Açúcar: 0,41% / $19,73