Ainda que o mote das reversões do bom humor das bolsas de valores mundiais possa ser creditado aos PMI divulgados desde a noite de ontem mundo afora, dificilmente tal indicador pode ser responsabilizado pela “mudança” do cenário.
No Japão, o PMI medido pelo Jibun Bank registrou melhora no índice composto e de serviços, somente manufatura observando uma leve redução, com todos os índices na zona de expansão.
Assim aconteceu na Europa, com algumas diferenças de medição, a maior parte dos índices apresentou resultados muito próximos do projetado ou da medição anterior, todos ainda dentro da zona de expansão acima de 50 pontos.
O dado mais preocupante partiu do Reino Unido, onde a contração não só foi mais forte do que o projetado, como o índice composto e de serviços se aproximou muito rapidamente dos 50 pontos, onde antes se aproximava dos 60.
Ainda assim, o cenário mais possível no momento vai no encontro do impacto negativo das inflações e do choque de ofertas no resultado das empresas, quando empresas reportam não só a escalada de preços, como a impossibilidade de entregar seus itens em escala mundial.
Ou seja, o problema da oferta está disseminado, afeta os preços, a produção e por fim, os balanços e este último caso é exatamente o que importa ao mercado, que se colocava quase que imune à situação global até muito recentemente.
No Brasil, a sensação de um Bear Market, ou seja, um mercado negativo para renda variável é atenuado pelas características de nossa bolsa de valores e até pela demanda dos investidores estrangeiros.
Todavia, a verdade é que o mundo está inserido neste contexto negativo há quase 2 meses, ou seja, 8 semanas de Bear Market global, acentuado pelas perspectivas cada vez mais necessárias de um aperto monetário forte e em escala global.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA-15 e a contração da inflação, além de mais uma dança das cadeiras na Petrobrás e no exterior, dados de PMI, imóveis novos e o índice de Richmond nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, enquanto a recuperação continua fora de alcance, após breve recuperação na segunda-feira.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados por techs e pesando o possível fim de tarifas dos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ouro e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York com temores de recessão global atingindo demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,77%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,813 / -1,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,262%
Dólar / Yen : ¥ 127,44 / -0,336%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,644%
Dólar Fut. (1 m) : 4819,93 / -1,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,27 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 24: 12,77 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 26: 11,82 % aa (-0,80%)
DI - Janeiro 27: 11,78 % aa (-0,72%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,7126% / 110.346 pontos
Dow Jones: 1,9779% / 31.880 pontos
Nasdaq: 1,5910% / 11.535 pontos
Nikkei: -0,94% / 26.748 pontos
Hang Seng: -1,75% / 20.112 pontos
ASX 200: -0,28% / 7.129 pontos
ABERTURA
DAX: -0,819% / 14059,30 pontos
CAC 40: -0,935% / 6299,29 pontos
FTSE: -0,316% / 7489,72 pontos
Ibov. Fut.: 1,87% / 111365,00 pontos
S&P Fut.: -1,08% / 3929 pontos
Nasdaq Fut.: -1,645% / 11836,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,01% / 132,36 ptos
Petróleo WTI: -0,15% / $110,12
Petróleo Brent: -0,41% / $112,96
Ouro: 0,13% / $1.855,79
Minério de Ferro: -4,03% / $128,50
Soja: 0,31% / $1.692,00
Milho: -0,13% / $785,25
Café: -0,95% / $213,70
Açúcar: 0,96% / $19,97