A sessão de ontem do mercado financeiro não tinha como ser diferente, com baixo volume, agenda concentrada em indicadores locais e o feriado de MLK nos EUA dominando o cenário como um todo.
A ameaça de greve dos servidores federais devido ao aumento de salários concentrado somente nas categorias de segurança é mais um ponto de complicação para a questão fiscal no Brasil, em meio ao restante das crises já enfrentadas pelo governo.
Como é notório, o judiciário brasileiro tem pouco apreço pelo orçamento, muitas vezes imputando pagamentos aos outros poderes, mais especificamente o executivo, independente do impacto fiscal, orçamentário ou mesmo, inflacionário do mesmo, entendendo como ‘soberana’ e final sua posição.
Eis que se a questão dos aumentos do funcionalismo parar no STF, existe a possibilidade do mesmo ser estendido a todo o funcionalismo, inclusive em descumprimento à lei eleitoral e obviamente, em um aprofundamento do descumprimento do teto dos gastos.
O mercado já não observa tão de perto o processo eleitoral, em sua fase embrionária ainda este ano, porém os sinais de que a questão fiscal ficará em segundo plano está nítido, com membros do antigo governo citando a possibilidade de reversão de reformas, aumento de gastos públicos, o que muito provavelmente se converterá em aumentos de impostos, para financiar este novo possível contexto.
Enquanto isso, no cenário internacional, as tensões aumentam com a movimentação russa na fronteira com a Ucrânia, em um movimento que ultrapassa a questão militar e tem muito a ver com o fluxo de gás e outros produtos do país para a Europa.
Os EUA têm se mostrado bastante limitado na ação contra os movimentos russos e a OTAN permanece na ameaça de fortalecer a Ucrânia, porém nada de concreto ocorre no curto prazo, portanto, demanda atenção diária ao tema no curto prazo.
O índice Zew na Alemanha, apesar da piora do índice corrente, apresentou alta significativa no índice de expectativas, com 51,7, ante 29,9 anteriores e projeções de 32 pontos e de restante, atenção aos dados do Fed de NY e mercado imobiliário nos EUA.
Mercado atento também ao Tapering, após o sinal Hawkish do Fed.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a política do Fed e o aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro americano no foco.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos e perdendo impulso, à medida que os principais índices da região diminuem e os juros globais sobem.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após o ataque de militantes Houthi em Abu Dhabi.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 11,99%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,523 / -0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,175%
Dólar / Yen : ¥ 114,63 / 0,017%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,169%
Dólar Fut. (1 m) : 5540,24 / -0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,02 % aa (0,84%)
DI - Janeiro 24: 11,79 % aa (1,68%)
DI - Janeiro 26: 11,30 % aa (1,57%)
DI - Janeiro 27: 11,41 % aa (2,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5180% / 106.374 pontos
Dow Jones: -0,5588% / 35.912 pontos
Nasdaq: 0,5872% / 14.894 pontos
Nikkei: -0,27% / 28.257 pontos
Hang Seng: -0,43% / 24.113 pontos
ASX 200: -0,12% / 7.409 pontos
ABERTURA
DAX: -1,238% / 15736,49 pontos
CAC 40: -1,165% / 7117,76 pontos
FTSE: -0,894% / 7543,17 pontos
Ibov. Fut.: -0,54% / 107130,00 pontos
S&P Fut.: -1,10% / 4603,75 pontos
Nasdaq Fut.: -1,920% / 15333,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 103,86 ptos
Petróleo WTI: 1,60% / $85,19
Petróleo Brent: 1,19% / $87,26
Ouro: -0,44% / $1.809,83
Minério de Ferro: -0,84% / $126,24
Soja: -1,20% / $1.354,75
Milho: -1,01% / $591,25
Café: -0,08% / $240,25
Açúcar: 1,64% / $18,66