Todos os olhos no Fed na sessão de hoje, onde o feriado local observou no exterior uma sessão de novo recorde nas bolsas de valores, alimentados por 83% das empresas listadas, divulgado resultados acima das expectativas e apontando um cenário corporativo, e consequentemente econômico, positivo à frente.
As atenções ao Fed vêm da perspectiva do início do tapering, o processo de redução de injeção de liquidez no sistema através da compra e recompra de títulos no mercado americano e como isso se torna a premissa para a normalização dos juros, em patamares historicamente baixos nos EUA.
Para parte dos membros, em especial o chairman Jerome Powell e para a secretária do Tesouro americano, a instituição teria ainda espaço para manter os estímulos, afinal, na visão deles, o mercado de trabalho não se recuperou por completo e a inflação tem caráter temporário, visão compartilhada inclusive pelo BCE e sua chairwoman, Lagarde.
O problema é que a inflação está sendo alardeada como temporária já faz quase um ano e o próprio Powell citou em algumas ocasiões que as pressões de preco tem durado mais tempo do que o esperado e a distorção do mercado de trabalho nos EUA é culpa exclusiva do próprio governo federal e estados, sustentando um enorme grupo de pessoas fora do mercado de trabalho com pesado auxílio desemprego.
Portanto, os elementos ao tapering estão aí, basta o Fed admitir e definir o timing.
Localmente, as atenções se voltam à votação da PEC dos Precatórios, mais um elemento de abertura de gastos por parte do governo e rompimento do teto dos gastos de forma a embarcar o novo programa de auxílio do governo.
Outro ponto é a ata do COPOM, onde analisaremos a motivação do comitê para a elevação contratada total de 300 bp (150+150) e se o mercado continuará a fazer a leitura de um BC ‘dovish’, mesmo após acatar a aceleração exigida pelas curvas de juros.
Na agenda, foco também nas inflações no Brasil, com IPC-Fipe ao 1% (Infinity: 0,95%), IPCS e nos EUA, ADP Employment, pedidos de bens duráveis e uma série de PMIs, além dos indicadores citados acima.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela reunião do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados na maioria negativos, apesar do PMI Caixin na China dentro das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até 3 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque minério de ferro e exceto ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com o aumento gradual da produção de gás de xisto nos EUA, apesar da falta de apoio do governo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de 0,00%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6849 / 0,86 %
Euro / Dólar: US$ 1,16 / 0,112%
Dólar / Iene : ¥ 113,87 / -0,097%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,103%
Dólar Futuros. (1 m) : 5700,50 / 1,05 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,33 % aa (-0,44%)
DI - Janeiro 23: 12,28 % aa (1,24%)
DI - Janeiro 25: 12,49 % aa (2,38%)
DI - Janeiro 27: 12,53 % aa (2,20%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,0000% / 105.551 pontos
Dow Jones: 0,3865% / 36.053 pontos
Nasdaq: 0,3442% / 15.650 pontos
Nikkei: -0,43% / 29.521 pontos
Hang Seng: -0,30% / 25.025 pontos
ASX 200: 0,93% / 7.393 pontos
Abertura
DAX: -0,034% / 15949,01 pontos
CAC 40: 0,043% / 6929,99 pontos
FTSE 100: -0,283% / 7254,24 pontos
Ibovespa Futuros: 1,94% / 106383,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,05% / 4621 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,092% / 15980,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,47% / 103,73 ptos
Petróleo WTI: -1,94% / $82,11
Petróleo Brent: -1,55% / $83,38
Ouro: -0,34% / $1.780,99
Minério de ferro: 4,04% / $99,40
Soja: 0,08% / $1.244,50
Milho: -0,04% / $572,00
Café: 0,75% / $209,90
Açúcar: -0,51% / $19,44