Entre todos os pontos de dúvida que ficaram em relação aos protestos de ontem, a maioria era de como seria o 8 de setembro, com o retorno do mercado financeiro.
Em termos de disrupção, a notícia é que ela não ocorreu, ou seja, não houve uma mobilização para invadir prédios públicos, depredações ou mesmo, eventos armados de tomada de poder, como muito se preconizou na visão de parte da imprensa e de analistas.
Ou seja, sem golpe.
Já no discurso, ainda que acautelado, o presidente manteve as premissas daquilo que se observou anteriormente, ou seja, ‘recados’ diretos ao STF, mas não ocorreram menções as reformas e às pautas estacionadas no congresso, ou seja, avanços neste ponto também continuam estacionados.
Por fim, a sensação que se tem é que o presidente, antes acuado pelas pesquisas de opinião e pela imprensa naturalmente hostil ao seu mandato em sua maioria, ganhou alguma sobrevida política, dada as dimensões das manifestações, que não podem ser ignoradas e que podem ser chanceladas ou diminuídas, a partir do resultado das manifestações do dia 12.
O certo é que o país continua necessitando fortemente as reformas estruturantes estacionadas no congresso, em especial uma reforma tributária que reduza ao máximo a burocracia estatal que torna nossa matriz de tributos a pior do mundo e; a reforma do estado para redução de seu peso.
Sem isso, continuaremos a ‘patinar’ sem rumo certo e com o enorme risco de regredir nas poucas reformas em que o país teve condições de avançar nos últimos anos, em especial a trabalhista e previdenciária.
Atenção hoje ao IGP-DI com forte desinflação na comparação com as medições anteriores e os dados da carta da Anfavea, um barômetro importante para a pressão da indústria, em meio aos choques globais de oferta e a possível redução recente de demanda do setor, impactados também pela alta de preços.
No exterior, atenção ao livro Bege do Fed e ao emprego JOLTS.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com reavaliação das perspectivas de crescimento após a recuperação deste ano.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, exceto Japão onde o PIB acima das expectativas puxou o mercado acima de 2%.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa pelo retorno da oferta dos EUA, com a redução do furacão Ida.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,70%.
Câmbio
dólar : R$ 5,1701 / -0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,228%
Dólar / Iene : ¥ 110,19 / -0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,196%
Dólar Futuro. (1 m) : 5190,81 / -0,25 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,13 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 23: 8,64 % aa (-0,35%)
DI - Janeiro 25: 9,80 % aa (-0,31%)
DI - Janeiro 27: 10,27 % aa (-0,29%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,0000% / 117.869 pontos
Dow Jones: -0,7608% / 35.100 pontos
Nasdaq: 0,0704% / 15.374 pontos
Nikkei: 0,89% / 30.181 pontos
Hang Seng: -0,12% / 26.321 pontos
ASX 200: -0,24% / 7.512 pontos
Abertura
DAX: -0,901% / 15700,40 pontos
CAC 40: -0,542% / 6689,61 pontos
FTSE 100: -0,841% / 7089,27 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,97% / 118336,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,157% / 4512,20 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,107% / 15662,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,66% / 96,42 ptos
Petróleo WTI: 0,78% / $69,32
Petróleo Brent: 0,61% / $72,42
Ouro: 0,20% / $1.797,65
Minério de Ferro: 0,54% / $138,99
Soja: 0,16% / $1.270,75
Milho: 0,61% / $498,75
Café: 0,50% / $191,50
Açúcar: 0,56% / $19,61