Com uma inflação ao varejo de 1,5% aa e a disparidade do atacado em 8,3% aa, fica claro na China que o problema dos lockdowns e como estão enfrentando esta fase da pandemia têm implicações que devem se expandir para o mundo.
Usualmente, o informacional vindo da China é muito deficiente e não foi diferente durante a pandemia, onde por algum tempo se alardeou o “sucesso” do país no controle da doença e imunização da população.
Agora, especialistas apontam que os lockdowns acabaram por ser responsáveis em partes pela falta de imunidade de rebanho, a qual, com extensa vacinação garante que a doença permaneça em estágios como os observáveis aqui e no ocidente neste momento, onde a atual variante tem baixa letalidade.
O problema na China vai desde o tipo de vacina aplicada, passando pelo efeito dos lockdowns e a queda da ilusão do sucesso do processo de imunização, onde parte significativa da população idosa está abaixo da meta global.
O problema maior, no entanto, vem da questão política e a reeleição de Xi JinPing aos postos de Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês e Presidente da Comissão Militar Central e Presidente da República Popular da China, cargo que ocupa desde 2013.
Tudo agora se torna um sinal de fraqueza e pode minar as chances de recondução de Xi e seu projeto de permanência no poder, após a mudança da legislação, como a entrada de vacinas no exterior, baseadas no RNA, a política de COVID zero, que tem levado aos absurdos como os observados em Shanghai e outras cidades e tudo no fim já se reflete no crescimento econômico, no choque de ofertas e inflação.
Por estes parâmetros, Xi torna sua recondução cada vez mais difícil e principalmente, devido à idade de aposentadoria aos dois primeiros postos, 68 anos e de dois mandatos, apesar das mudanças constitucionais.
Neste caso, o caminho estaria aberto para Wang Huning, Ding Xuexiang ou o atual premier, Li Keqiang, ainda que todos sejam de alguma maneira aliados de Xi.
Semana curta, com feriado em 3 praças na sexta-feira e agenda limitada, com destaque aos dados de atividade econômica no Brasil, com foco em indústria, serviços e varejo e inflações nos EUA, também vendas ao varejo e produção industrial, ou seja, foco na atividade.
Campos Neto fala hoje no TC/Arko.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com foco dos investidores na inflação e políticas monetárias.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com a alta da inflação na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, pressionados para baixo pela perspectiva econômica na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,86%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,6989 / -1,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,451%
Dólar / Iene : ¥ 125,33 / 0,796%
Libra / Dólar: US$ 1,31 / 0,207%
Dólar Fut. (1 m) : 4732,65 / -0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,96 % aa (1,65%)
DI - Janeiro 24: 12,43 % aa (2,26%)
DI - Janeiro 26: 11,54 % aa (1,76%)
DI - Janeiro 27: 11,50 % aa (1,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4542% / 118.322 pontos
Dow Jones: 0,3977% / 34.721 pontos
Nasdaq: -1,3405% / 13.711 pontos
Nikkei: -0,61% / 26.822 pontos
Hang Seng: -3,03% / 21.208 pontos
ASX 200: 0,10% / 7.485 pontos
ABERTURA
DAX: -0,378% / 14229,68 pontos
CAC 40: 0,769% / 6597,55 pontos
FTSE: -0,154% / 7657,76 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,51% / 118380,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,35% / 4468 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,789% / 14215,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 126,14 ptos
Petróleo WTI: -2,48% / $95,82
Petróleo Brent: -2,30% / $100,42
Ouro: 0,49% / $1.957,08
Minério de ferro: -2,19% / $154,21
Soja: -0,44% / $1.681,50
Milho: 0,46% / $772,25
Café: 1,06% / $234,10
Açúcar: -1,13% / $20,18