Biden não trocou o ‘certo pelo duvidoso’, ainda que agradasse em muito à ala mais progressista dos democratas terem Lael Brainard como chairwoman do Federal Reserve, dada sua perspectiva heterodoxa da economia.
Powell, portanto, é o menor dos males, em meio à um banco central embebido na teoria monetária moderna (MMT), que advoga o derrame de dinheiro sem controle na economia, controlado por elevações substanciais de impostos.
Eis um dos problemas, pois apesar de conseguir aprovar o plano bipartidário de infraestrutura, o qual interessava em muito os republicanos, Biden ainda tem muita dificuldade em aprovar o tal plano social, exatamente por se galgar em pesados impostos, coisa que sua base ao centro se recusa a acompanhar.
Com isso, o Fed deve claramente repensar sua atual política de juros, compra e recompra de ativos, dada a inflação corrente que não dá alívio, a pressão de preços de salários em meio aos auxílios generosos do governo e da própria pressão de demanda, com a recuperação econômica.
A perspectiva de juros mais altos, pregada por diversos membros do Fed, dada a imposição da realidade, já se reflete nas curvas de juros nos EUA e em partes na reação antecipada dos investidores.
Localmente, o STF deu abertura ontem com o voto de Gilmar Mendes para que o auxílio-Brasil pudesse ser aprovado até o próximo ano, sem incorrer em descumprimento da lei eleitoral e o governo agora quer tornar a despesa permanente, com o ‘carimbo’ semelhante à saúde e educação.
Com isso, evita rompantes de aumento de gastos em anos eleitorais com o auxílio como moeda de troca (que já o é).
O uso de um artifício contábil, quase que criativo, consegue elevar o teto dos gastos em ao menos R$ 14,5 bi, o que não é totalmente utilizável, dado o aumento das despesas obrigatórias.
Ainda assim, há um espaço adicional no orçamento para as demandas do governo e de parlamentares e na sessão de hoje, atenção à série de PMIs hoje e o IPC-S semanal no Brasil.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com novos lockdowns na Europa e apesar dos PMIs mais fortes na região.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após a recondução de Powell ao Federal Reserve e feriado em Tokyo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto cobre e minério de ferro.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, com os planos para explorar reservas de petróleo de emergência nos EUA, China e Japão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,09%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,5969 / -0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,187%
Dólar / Yen : ¥ 114,77 / -0,105%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,142%
Dólar Fut. (1 m) : 5614,81 / -0,02 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,45 % aa (1,46%)
DI - Janeiro 23: 12,33 % aa (2,32%)
DI - Janeiro 25: 12,17 % aa (2,01%)
DI - Janeiro 27: 12,01 % aa (1,44%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8857% / 102.122 pontos
Dow Jones: 0,0485% / 35.619 pontos
Nasdaq: -1,2622% / 15.855 pontos
Nikkei: 0,09% / 29.774 pontos
Hang Seng: -1,20% / 24.652 pontos
ASX 200: 0,78% / 7.411 pontos
ABERTURA
DAX: -1,042% / 15947,73 pontos
CAC 40: -0,653% / 7058,63 pontos
FTSE 100: -0,320% / 7232,23 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,90% / 102627,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,07% / 4676,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,252% / 16334,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,05% / 102,14 ptos
Petróleo WTI -1,42% / $75,65
Petróleo Brent: -1,02% / $78,83
Ouro: -0,34% / $1.798,85
Minério de ferro: 1,47% / $93,39
Soja: -0,47% / $1.268,25
Milho: -0,35% / $574,75
Café: -0,84% / $231,35
Açúcar: -0,40% / $19,68