A semana que concentra importantes decisões de política monetária foi precedida pelas inflações que podem definir os rumos em diferentes países, em meio ao cenário ainda repleto de incertezas no mundo e pressões constantes de preços.
Localmente, o IPCA sensivelmente abaixo das expectativas, veio com a surpresa em nossa projeção na forte descompressão do item alimentação e foi acompanhado por menores pressões em transportes e habitação, os três pontos de maior pressão no primeiro trimestre.
Adicionalmente, parte das pressões de inflação subjacente permaneceram semelhantes aos meses anteriores, denotando relativa estabilidade, em um contexto em que a taxa em zona fortemente contracionista tende a encontrar sua estabilidade.
Com isso, projetamos um COPOM elevando os juros nos adicionais 50 bp “contratados” na reunião anterior e sinalizando a estabilidade pela primeira vez em 15 meses, após jogar a taxa para o mínimo histórico de 2%.
Na semana anterior, o BCE prometeu a retirada dos estímulos de APP e o início do aperto monetário, porém frustrou novamente os analistas e investidores, ao prometer elevações graduais de 25 bp, ao contrário do consenso de 50 bp.
Também na semana passada, outro ponto de definição importante ocorreu com a inflação ao varejo nos EUA, superando em 30 bp a mediana das projeções do mercado financeiro ao 1% mensais e 8,3% anuais.
Ainda que não seja o referencial do Fed para os juros, sendo oficialmente o PCE, o CPI obviamente gera pressões intensas para uma resposta do FOMC nesta semana, acima dos 50 bp preconizados recentemente, com 75 bp sendo o mais observável nas curvas de juros americanas.
Ainda esta semana, o PPI, inflação ao atacado deve confirmar os temores de que a economia americana foi excessivamente leniente com o controle de preços.
A decisão do BoE deve seguir a normalidade, com adicional de 25 bp, enquanto o BoJ deve manter a taxa inalterada, o que eleva a demanda por uma possível intervenção no Yen, dada a desvalorização acima do que é considerado positivo para a economia japonesa.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela inflação ato atacado nos EUA e diversas decisões de política monetária.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com temores de avanços da COVID regredindo as diversas aberturas e dados na China como vendas ao varejo e produção industrial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro, platina e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com alerta de Covid em Pequim e preocupações com inflação.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 17,87%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9869 / 1,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,513%
Dólar / Yen : ¥ 134,60 / 0,149%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,836%
Dólar Fut. (1 m) : 5010,14 / 1,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,35 % aa (-1,45%)
DI - Janeiro 24: 12,99 % aa (-0,04%)
DI - Janeiro 26: 12,44 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 27: 12,49 % aa (0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5057% / 105.481 pontos
Dow Jones: -2,7268% / 31.393 pontos
Nasdaq: -3,5239% / 11.340 pontos
Nikkei: -3,01% / 26.987 pontos
Hang Seng: -3,39% / 21.068 pontos
ASX 200: -1,25% / 6.932 pontos
ABERTURA
DAX: -2,114% / 13470,92 pontos
CAC 40: -2,210% / 6050,48 pontos
FTSE: -1,925% / 7176,63 pontos
Ibov. Fut.: -1,67% / 105620,00 pontos
S&P Fut.: -2,26% / 3811,25 pontos
Nasdaq Fut.: -2,789% / 11509,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,28% / 133,70 ptos
Petróleo WTI: -1,80% / $118,50
Petróleo Brent: -1,60% / $120,06
Ouro: -0,86% / $1.855,56
Minério de Ferro: -3,58% / $134,70
Soja: -1,10% / $1.726,25
Milho: 0,03% / $773,50
Café: -0,72% / $227,15
Açúcar: -1,32% / $18,63