Enquanto o Brasil descansava em seu feriado de proclamação da República, o início da semana para os mercados mundiais foi negativo, com o recrudescimento da percepção de continuidade das pressões inflacionárias no mundo, com somente nuances do que pode ser o ajuste da cadeia de suprimentos.
Recentemente, surgiram sinais da China e mais alguns países asiáticos de que a produção de chips está em processo de normalização, enquanto na região, surgem também os sinais de normalização dos custos de fretes marítimos.
Isso se combina a declarações de membros da OPEP+ como o secretário geral Mohammad Barkindo, dizendo que a instituição não promoverá um atraso no crescimento mundial e que a produção deve voltar aos superávits no próximo ano, com cuidado para não gerar excessos de oferta.
Ainda que todos os eventos acima citados gerem ainda grandes dúvidas, afinal, parte vieram de disputas geopolíticas e não simplesmente econômicas, esta é uma ponta do problema global de inflação, que continua severo em diversos aspectos.
O problema de energia não se concentra somente na questão do petróleo, com o problema ainda enfrentado pela China de falta de carvão, agravado pelo aumento do período de chuvas pesadas na região central, causando alagamentos e dificuldades logísticas, mas sem necessariamente ajudar à questão hidrelétrica.
Os programas globais de transferência de renda também ainda não deram sinal de reversão em diversas economias centrais, além do Tapering que pode ser iniciado este mês nos EUA, mas não ganhou adesão de países europeus e na Ásia.
Neste caso, o aumento da oferta monetária continua como elemento de quebra de valor global da moeda e os efeitos mais perversos não dão sinais de arrefecimento, com pressão também ao varejo.
Os sinais emitidos pela OPEP+ vem muito mais da ‘ameaça’ dos EUA utilizarem as reservas estratégicas, do que de uma boa vontade dos membros, ou seja, no fim, a maior parte dos elementos de pressão de preços está tenuamente ativa.
Localmente, o dia reserva uma serie importante de dados e reação do mercado às declarações de Bolsonaro que se aprovada a PEC dos precatórios, aproveitaria para dar reajuste a ‘alguns servidores’, ou seja, o primeiro sinal concreto do tal descalabro fiscal tão temido pelo mercado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, enquanto os investidores aguardam dados econômicos e balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com a reação dos investidores às negociações Biden-Xi.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo cobre.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, com os estoques globais reduzidos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,15%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4565 / 0,96 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,062%
Dólar / Yen : ¥ 114,23 / 0,044%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,365%
Dólar Fut. (1 m) : 5473,76 / 0,95 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 11,12 % aa (-1,38%)
DI - Janeiro 23: 11,97 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 25: 11,74 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 27: 11,64 % aa (-0,43%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0000% / 106.335 pontos
Dow Jones: -0,0356% / 36.087 pontos
Nasdaq: -0,0448% / 15.854 pontos
Nikkei: 0,11% / 29.808 pontos
Hang Seng: 1,27% / 25.714 pontos
ASX 200: -0,66% / 7.420 pontos
ABERTURA
DAX: 0,277% / 16193,31 pontos
CAC 40: 0,313% / 7150,92 pontos
FTSE: 0,009% / 7352,54 pontos
Ibov. Fut.: -1,29% / 106841,00 pontos
S&P Fut.: -0,12% / 4673,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,094% / 16159,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,43% / 103,60 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $81,29
Petróleo Brent: 0,39% / $82,48
Ouro: 0,55% / $1.873,17
Minério de Ferro: 0,10% / $92,36
Soja: -0,30% / $1.253,25
Milho: -0,26% / $574,75
Café: 0,34% / $222,40
Açúcar: 0,15% / $19,79