Um dia de alívio nas pressões de correção dos ativos, ou ‘sangria’, na gíria do mercado financeiro que atingiu os mercados internacionais e se refletiu em parte dos ativos locais.
No atual contexto, não existem elementos que corroborem a um retorno seguro do investidor ao risco, após um período positivo com balanços corporativos e picos recentes nas bolsas de valores.
Para muitos, o perigo reside no repique de uma terceira onda pandêmica causada pela variante Delta, com temores da ineficiência de diversas vacinas, ao menos no quesito retransmissão e os possíveis lockdowns e restrições de locomoção, que podem afetar a perspectiva de recuperação da economia.
Outro ponto continua a ser, dada a baixíssima transparência, o que tem ocorrido exatamente com a pandemia na China, onde pretensamente estaria vacinada uma parcela muito significativa da população.
Fechamento de regiões portuárias e diversas fábricas, problemas agora com a entrega de bens intermediários de suma importância como diversos chips e componentes eletrônicos, entre outros fatores.
A China se defende, indicando que a pandemia nos países vizinhos na verdade fez a demanda explodir e que não está conseguindo acompanhar a velocidade dos pedidos que se aceleraram com a retomada da economia em diversas localidades, em especial com o verão intenso no hemisfério norte.
Não são somente os fechamentos não programados de instalações fabris e de distribuição, gargalos nas fronteiras e trabalhadores doentes que causam congestionamento nas linhas de abastecimento.
As pessoas que ficaram presas em casa por meses a fio aumentaram a demanda por uma série de produtos.
Inclui também o fato de que contêineres estão sendo perdidos em quantidades recorde por vários motivos, com mais de 3.000 indo para o mar em 2020 e o número de 2021 já atingindo 1.000 no final de abril.
A crise também trouxe a lição da falta de familiaridade de diversas empresas com o fluxo de suas matérias-primas e bens intermediários, o que deve levar a transformações nas relações das empresas com seus fornecedores e reavaliar suas opções em casos de disrupção, como os atuais.
Por fim, os recentes problemas ainda parecem longe de se resolverem e pior, ainda existe a questão climática que, portanto, se traduzem em: inflação.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após um dia de reversão das perdas do mercado.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, por questões regulatórias na China e a falta de chips afetando empresas de tecnologia por toda a Ásia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, recuperam minério de ferro e cobre.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, com temores de queda da demanda por conta da variante Delta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,91%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,415 / 0,50 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,009%
Dólar / Yen : ¥ 109,61 / -0,064%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,198%
Dólar Fut. (1 m) : 5432,08 / 1,24 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,00 % aa (1,98%)
DI - Janeiro 23: 8,49 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 9,72 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 27: 10,17 % aa (-1,45%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4476% / 117.165 pontos
Dow Jones: -0,1904% / 34.894 pontos
Nasdaq: 0,1093% / 14.542 pontos
Nikkei: -0,98% / 27.013 pontos
Hang Seng: -1,84% / 24.850 pontos
ASX 200: -0,05% / 7.461 pontos
ABERTURA
DAX: -0,414% / 15700,57 pontos
CAC 40: -0,313% / 6585,24 pontos
FTSE 100: -0,308% / 7037,09 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,68% / 117958,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,157% / 4401,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,157% / 14896,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,17% / 92,07 ptos
Petróleo WTI: -0,38% / $63,22
Petróleo Brent: -0,44% / $65,92
Ouro: 0,10% / $1.782,80
Minério de Ferro: -1,35% / $160,38
Soja: 0,85% / $1.331,25
Milho: 0,64% / $553,00
Café: -0,59% / $177,30
Açúcar: 0,66% / $19,89