Como amplamente esperado, o COPOM divulgou ontem a decisão em manter inalterados os juros no Brasil aos 13,75% aa e o comunicado trouxe somente um ponto de novidade, quando cita o fiscal.
O ponto interessante é que não é o fiscal brasileiro e sim a sensibilidade que os mercados internacionais estão registrando ao fiscal em países desenvolvidos, principalmente após a passagem curta e desastrosa de Liz Truss como primeira-ministra britânica.
A visão de que os EUA estão em situação igualmente difícil em termos fiscal se reflete tanto na pressão das Treasuries, como nas eleições de meio de mandato nos EUA, onde os democratas tendem a perder assentos importantes em ambas as casas.
O plano “anti-inflação” de Biden possui mais pontos que elevam os gastos e podem piorar a situação fiscal e consequentemente, inflacionária, do que pontos que gerem algum tipo concreto de controle de preços.
Passado isso tudo, os focos se diferenciam, com o mercado local na natural defensiva que antecede eleições majoritárias, porém as atenções se voltam globalmente ao cenário corporativo e à série de balanços, especialmente das Big Tech, registrando números decepcionantes, como a Meta (Facebook (NASDAQ:META)) ontem.
Ao que tudo indica, ao menos neste setor deve ocorrer um número significativo de demissões, assim como no Twitter, com a chegada de Elon Musk ao comando, após o processo conturbado de compra.
No dia de hoje, a agenda pesada de indicadores tem foco na PNAD no Brasil, a qual deve confirmar a mediana das projeções, após um resultado positivo do CAGED e no exterior, a decisão de juros na Europa, com projeção de elevação de 75 bp nos juros, para os 2% aa.
Por fim, as atenções se voltam aos EUA e os dados do PIB do terceiro trimestre, com expectativa de dados positivos, porém abaixo das prévias anteriores e pressão de preços e a agenda termina com pedidos de bens duráveis e de bens de capital nos EUA.
Na Europa, o problemático Credit Suisse (SIX:CSGN) divulgou um balanço com resultados considerados muito ruins e já afeta os mercados na Europa.
Estamos Atentos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com balanços de McDonalds, Mastercard, Catterpillar, Shopfy e Credit Suisse, após o fechamento, Amazon (NASDAQ:AMZN) e Intel (NASDAQ:INTC).
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, puxados por techs, e após o fraco crescimento do PIB sul coreano.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e cai em Nova York, onde pesa a falta de acordo com o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,99%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3818 / 1,23 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / -0,347%
Dólar / Yen : ¥ 146,32 / -0,041%
Libra / Dólar : US$ 1,16 / -0,447%
Dólar Fut. (1 m) : 5388,50 / 0,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,66 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 24: 12,99 % aa (0,35%)
DI - Janeiro 26: 11,80 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 27: 11,81 % aa (1,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,6242% / 112.764 pontos
Dow Jones: 0,0074% / 31.839 pontos
Nasdaq: -2,0370% / 10.971 pontos
Nikkei: -0,32% / 27.345 pontos
Hang Seng: 0,72% / 15.428 pontos
ASX 200: 0,50% / 6.845 pontos
ABERTURA
DAX: -0,580% / 13119,23 pontos
CAC 40: -0,773% / 6227,79 pontos
FTSE: 0,171% / 7068,12 pontos
Ibov. Fut.: -1,66% / 114355,00 pontos
S&P Fut.: 0,06% / 3843 pontos
Nasdaq Fut.: -0,432% / 11402,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 113,69 ptos
Petróleo WTI: -0,10% / $87,82
Petróleo Brent: 0,02% / $95,71
Ouro: -0,11% / $1.662,50
Minério de Ferro: -5,42% / $81,85
Soja: 0,29% / $1.386,25
Milho: 0,36% / $687,50
Café: 0,08% / $179,85
Açúcar: 0,00% / $17,86