A intensidade do fim de semana mostra o quanto sensível ao COVID-19 continua o mercado, ainda que as informações sobre os avanços da doença estejam mais acuradas e a síndrome perde força na China.
A China inclusive fechou alguns hospitais devido à redução de novos casos e os PMIs sensivelmente fracos, uma ‘surpresa’ para muitos, ainda não capturam o processo de retomada da atividade econômica em diversos setores e a redução das filas nos portos.
A perspectiva de atuação dos Bancos Centrais, o que não se configura em absolutamente nenhuma novidade é o mote para a reversão de um fim de semana que prenunciava dias temerosos até o fim desta madrugada, com melhora nas aberturas europeias e futuros em NY.
Ainda assim, seguem as revisões de crescimento econômico, sem as informações necessárias para avaliar a extensão dos danos e o impacto da reação dos governos para dirimir os efeitos das interrupções de produção.
A OCDE cortou a projeção do PIB global de 2,9% para 2,5%, assim com diversos bancos o fizeram para o Brasil.
Neste caso, todos fatalistamente errarão, seja qual for a direção, devido às informações ainda insipidas sobre os efeitos do vírus nos EUA e países europeus e pior, em países com estrutura fraca como africanos, latino americanos e do Oriente Médio, como o Irã.
O certo é que a reação nada surpreendente dos bancos centrais, em especial do Fed, pode trazer o alento necessário para reduzir em primeiro lugar os impactos no mercado financeiro, seguido dos impactos econômicos, estes ainda mais limitados à China.
Se observarmos em uma linha do tempo, passamos inicialmente pelo terror da falta de informação, como se o vírus fosse fatal e prenúncio de um apocalipse, seguido da reação natural dos investidores com perdas nos mercados, os problemas econômicos decorrentes da interrupção da produção, a melhora da informação quanto à reação das autoridades na China e quanto às vítimas, cenário pandêmico e reação global das autoridades monetárias.
A semana conta com PIB, balança comercial e inflações no Brasil e dados do mercado de trabalho americano, como Payroll, ADP, produtividade e custo de mão de obra.
No âmbito político, a saída de Buttgieg começa a desenhar melhor as primárias democratas, principalmente após a vitória expressiva de Biden na Carolina do Sul.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com a perspectiva da reação dos BCs contra os efeitos do vírus.
Na Ásia, dia positivo, em especial nas bolsas chinesas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas expressivas, com destaque ao minério de ferro e ao cobre.
O petróleo abre em alta, com a Rússia sinalizando corte de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,472 / -0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,508%
Dólar / Yen : ¥ 107,72 / 0,167%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,359%
Dólar Fut. (1 m) : 4511,61 / 0,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,59 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,24 % aa (-0,57%)
DI - Janeiro 25: 6,14 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 27: 6,63 % aa (0,91%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,1537% / 104.172 pontos
Dow Jones: -1,3866% / 25.409 pontos
Nasdaq: 0,0104% / 8.567 pontos
Nikkei: 0,95% / 21.344 pontos
Hang Seng: 0,62% / 26.292 pontos
ASX 200: -0,77% / 6.392 pontos
ABERTURA
DAX: -0,410% / 11841,65 pontos
CAC 40: -0,233% / 5297,51 pontos
FTSE: 0,916% / 6640,89 pontos
Ibov. Fut.: 0,78% / 104252,00 pontos
S&P Fut.: 0,186% / 2956,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,461% / 8502,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,17% / 71,81 ptos
Petróleo WTI: 1,16% / $45,26
Petróleo Brent: 1,77% / $50,56
Ouro: 1,52% / $1.609,72
Minério de Ferro: -0,81% / $82,93
Soja: 0,79% / $890,50
Milho: 1,02% / $370,25 $370,25
Café: 1,76% / $110,10
Açúcar: 0,21% / $14,18 $14,18