A reação do mercado financeiro brasileiro às declarações de Trump sobre a possível taxação do aço e do alumínio passaram de perplexidade e espanto à serenidade durante a sessão, ao ponto de os ativos locais operarem na contramão global.
Sobre a possível taxação, a qual inclusive pegou assessores de Trump e diplomatas americanos de surpresa, pouco ainda se sabe, porém a primeira reação provavelmente virá dos produtores americanos, dependentes da matéria prima brasileira.
A primeira tentativa de taxação do alumínio e do aço sofreu críticas da indústria americana, que sofreu com os primeiros ataques ao México e Canadá e ainda sofre com a guerra comercial com a China.
Deste modo, além da aparente “falta” de conhecimento dos mecanismos que regem o câmbio, afinal ele gostaria de desvalorizar o dólar artificialmente, Trump tais retóricas como cortinas de fumaça de situações mais graves.
O governo brasileiro agiu da maneira correta ao indicar o canal de comunicação com Trump e buscar a solução através do ministério da Economia e a possibilidade de recuo existe, porém deve ocorrer mais pela pressão interna nos EUA do que pela pressão do Brasil.
A França sofreu ameaças ainda mais contundentes de taxação neste momento e portanto, parece não haver um padrão nos ataques e sim, perspectivas de oportunidade em meio aos problemas políticos do presidente com o processo de impeachment em andamento.
O problema é que as tarifas comerciais como anunciadas reacendem preocupações mais amplas sobre uma disputa comercial prolongada entre os EUA e China, com investidores monitorando a perspectiva de um acordo limitado já na Fase-1.
Hoje no Brasil as atenções se voltam ao PIB do terceiro trimestre e a possibilidade de avanços em relação às medições anteriores, ainda que o período seja relativamente limitado em diversos aspectos.
Na comparação anual, projetamos um crescimento de 0,94%, com alta de 1,7% do consumo das famílias, alta de 2,8% da FBCF e queda de 0,3% do consumo do governo, levando o PIB acumulado aos 1,06%.
Todavia, as perspectivas para o último trimestre são ainda mais positivas ao analisarmos tanto os dados fechados para os eventos de consumo, como os indicadores antecedentes de diversas fontes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, após as novas ameaças de taxações de Trump.
Na Ásia, fechamento negativo, após desenvolvimentos comerciais negativos durante a noite.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e prata.
O petróleo abre em alta, com o corte de produção árabe.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,21%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2169 / -0,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 109,06 / -0,028%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,286%
Dólar Fut. (1 m) : 4221,80 / -0,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,75 % aa (1,06%)
DI - Janeiro 23: 5,96 % aa (1,19%)
DI - Janeiro 25: 6,57 % aa (0,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6417% / 108.928 pontos
Dow Jones: -0,9567% / 27.783 pontos
Nasdaq: -1,1250% / 8.568 pontos
Nikkei: -0,64% / 23.380 pontos
Hang Seng: -0,20% / 26.391 pontos
ASX 200: -2,19% / 6.712 pontos
ABERTURA
DAX: 0,896% / 13080,88 pontos
CAC 40: 0,139% / 5794,79 pontos
FTSE: -0,665% / 7237,51 pontos
Ibov. Fut.: 0,73% / 109153,00 pontos
S&P Fut.: 0,132% / 3118,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,147% / 8330,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 77,46 ptos
Petróleo WTI: 0,68% / $56,41
Petróleo Brent:0,72% / $61,33
Ouro: 0,15% / $1.465,40
Minério de Ferro: 2,44% / $88,11
Soja: -0,20% / $14,87
Milho: 0,54% / $375,50
Café: 2,49% / $121,75
Açúcar: 0,39% / $12,78