Ainda a se notarem os efeitos, em partes provavelmente já precificados, a eleição argentina é um sinal importante para o governo brasileiro da necessidade de avanço das reformas e de indicadores econômicos positivos.
Macri não perdeu a eleição na Argentina por conta de alguma “reação ao avanço da direita” ou algo sequer relacionado à parte dos protestos na América Latina, em especial no Chile. Macri perdeu, pois foi um desastre na economia e nem de longe conseguiu implantar seu plano pseudo-liberal-pró-mercado. Resumindo, “Money Talks...”
A semana é uma das mais pesadas do ano tem termos de agenda macro e microeconômica, com uma série de eventos de definição em diversos níveis.
Hoje o Brexit finalmente conseguiu o avanço para janeiro de 2020, o que não significa necessariamente que Boris Johnson terá sucesso em costurar algum plano definitivo ao processo, pois o mínimo que se tinha junto à Irlanda se desfez rapidamente.
Com o restante da Europa, a situação é ainda mais crítica, porém o alívio de curto prazo é bem-vindo.
Este mesmo alívio pode vir das discussões da guerra comercial EUA-China, onde oficiais chineses disseram durante o fim de semana que consultas técnicas para partes do texto para o acordo comercial com os EUA estão basicamente concluídas e os dois lados chegaram a um consenso sobre algumas questões sobre produtos agrícolas.
Este é mais um alento a uma semana que conta com a decisão do Copom e os sinais emitidos no comunicado dos próximos movimentos da autoridade monetária, em vista ao forte fechamento da curva de juros, em todos os vértices.
Nos EUA, a decisão do FOMC é de suma importância neste momento de acordo comercial, pois com a possível sinalização do Fed de conclusão do ciclo de afrouxamento monetário, a tendência é de atenção aos indicadores macroeconômicos com maior intensidade.
Neste sentido, a semana reserva aos EUA o PIB, preços de imóveis, balança comercial, estoques, ADP Employment e o Payroll.
Localmente, a agenda igualmente repleta reserva dados fiscais do setor público, IGP-M, Balança Comercial e produção industrial.
O BoJ também decide juros no dia 30 de outubro, enquanto o BoE na segunda-feira, dia 7 de novembro.
Atenção hoje aos resultados de HSBC, Samsung, Alibaba, CME, Bristol-Myers Squibb, Canon, Hitachi, Deutsche Börse e Kia.Localmente, destacam-se Hypera e Klabin.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, entre balanços corporativos e Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação aos avanços da guerra comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com dados corporativos negativos na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,16%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0053 / -0,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,135%
Dólar / Yen : ¥ 108,71 / -0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,172%
Dólar Fut. (1 m) : 4007,93 / -0,72 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,40 % aa (-1,35%)
DI - Janeiro 23: 5,41 % aa (-1,28%)
DI - Janeiro 25: 6,07 % aa (-1,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3530% / 107.364 pontos
Dow Jones: 0,5690% / 26.958 pontos
Nasdaq: 0,7003% / 8.243 pontos
Nikkei: 0,30% / 22.867 pontos
Hang Seng: 0,84% / 26.891 pontos
ASX 200: 0,02% / 6.741 pontos
ABERTURA
DAX: 0,318% / 12935,50 pontos
CAC 40: 0,000% / 5722,14 pontos
FTSE: -0,341% / 7299,64 pontos
Ibov. Fut.: 0,39% / 108099,00 pontos
S&P Fut.: 0,123% / 3024,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,252% / 8059,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 79,68 ptos
Petróleo WTI: -0,46% / $56,45
Petróleo Brent:-0,40% / $61,85
Ouro: 0,10% / $1.505,52
Minério de Ferro: 0,12% / $90,22
Soja: -1,19% / $15,75
Milho: -0,45% / $385,00
Café: -0,55% / $98,80
Açúcar: 0,24% / $12,36