A Semana Mais Pesada do Ano

Publicado 28.10.2019, 09:07

Ainda a se notarem os efeitos, em partes provavelmente já precificados, a eleição argentina é um sinal importante para o governo brasileiro da necessidade de avanço das reformas e de indicadores econômicos positivos.

Macri não perdeu a eleição na Argentina por conta de alguma “reação ao avanço da direita” ou algo sequer relacionado à parte dos protestos na América Latina, em especial no Chile. Macri perdeu, pois foi um desastre na economia e nem de longe conseguiu implantar seu plano pseudo-liberal-pró-mercado. Resumindo, “Money Talks...”

A semana é uma das mais pesadas do ano tem termos de agenda macro e microeconômica, com uma série de eventos de definição em diversos níveis.

Hoje o Brexit finalmente conseguiu o avanço para janeiro de 2020, o que não significa necessariamente que Boris Johnson terá sucesso em costurar algum plano definitivo ao processo, pois o mínimo que se tinha junto à Irlanda se desfez rapidamente.

Com o restante da Europa, a situação é ainda mais crítica, porém o alívio de curto prazo é bem-vindo.

Este mesmo alívio pode vir das discussões da guerra comercial EUA-China, onde oficiais chineses disseram durante o fim de semana que consultas técnicas para partes do texto para o acordo comercial com os EUA estão basicamente concluídas e os dois lados chegaram a um consenso sobre algumas questões sobre produtos agrícolas.

Este é mais um alento a uma semana que conta com a decisão do Copom e os sinais emitidos no comunicado dos próximos movimentos da autoridade monetária, em vista ao forte fechamento da curva de juros, em todos os vértices.

Nos EUA, a decisão do FOMC é de suma importância neste momento de acordo comercial, pois com a possível sinalização do Fed de conclusão do ciclo de afrouxamento monetário, a tendência é de atenção aos indicadores macroeconômicos com maior intensidade.

Neste sentido, a semana reserva aos EUA o PIB, preços de imóveis, balança comercial, estoques, ADP Employment e o Payroll.

Localmente, a agenda igualmente repleta reserva dados fiscais do setor público, IGP-M, Balança Comercial e produção industrial.

O BoJ também decide juros no dia 30 de outubro, enquanto o BoE na segunda-feira, dia 7 de novembro.

Atenção hoje aos resultados de HSBC, Samsung, Alibaba, CME, Bristol-Myers Squibb, Canon, Hitachi, Deutsche Börse e Kia.Localmente, destacam-se Hypera e Klabin.

ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, entre balanços corporativos e Brexit.

Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação aos avanços da guerra comercial.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque ao minério de ferro.

O petróleo abre em queda, com dados corporativos negativos na China.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,16%

CÂMBIO

Dólar à vista : R$ 4,0053 / -0,91 %

Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,135%

Dólar / Yen : ¥ 108,71 / -0,018%

Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,172%

Dólar Fut. (1 m) : 4007,93 / -0,72 %

JUROS FUTUROS (DI)

DI - Julho 20: 4,40 % aa (-0,12%)

DI - Janeiro 21: 4,40 % aa (-1,35%)

DI - Janeiro 23: 5,41 % aa (-1,28%)

DI - Janeiro 25: 6,07 % aa (-1,30%)

BOLSAS DE VALORES

FECHAMENTO

Ibovespa: 0,3530% / 107.364 pontos

Dow Jones: 0,5690% / 26.958 pontos

Nasdaq: 0,7003% / 8.243 pontos

Nikkei: 0,30% / 22.867 pontos

Hang Seng: 0,84% / 26.891 pontos

ASX 200: 0,02% / 6.741 pontos

ABERTURA

DAX: 0,318% / 12935,50 pontos

CAC 40: 0,000% / 5722,14 pontos

FTSE: -0,341% / 7299,64 pontos

Ibov. Fut.: 0,39% / 108099,00 pontos

S&P Fut.: 0,123% / 3024,00 pontos

Nasdaq Fut.: 0,252% / 8059,50 pontos

COMMODITIES

Índice Bloomberg: 0,23% / 79,68 ptos

Petróleo WTI: -0,46% / $56,45

Petróleo Brent:-0,40% / $61,85

Ouro: 0,10% / $1.505,52

Minério de Ferro: 0,12% / $90,22

Soja: -1,19% / $15,75

Milho: -0,45% / $385,00

Café: -0,55% / $98,80

Açúcar: 0,24% / $12,36

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