A presença de Campos Neto na CAE do senado e a tentativa de explicar a atual taxa de juros para quem literalmente não quer entender não trouxe nenhuma surpresa quanto ao nível baixo dos parlamentares que nos representam atualmente.
Perguntas constrangedoras; foco em narrativas e não conteúdo; completa falta de entendimento (ou boa vontade) das explicações do presidente do Banco Central; pantomima; foram o espelho da sociedade atual.
Não que isso seja diferente no exterior, afinal, guardadas as devidas proporções, a classe política demonstra semelhante baixo nível no mundo todo, como quando o chairman do Fed, Jerome Powell se apresentou ao senado e à câmara nos EUA.
Ele precisou explicar dezenas e dezenas de vezes que diversos temas (racismo, educação, participação de mulheres na economia, fornecimento de armas etc.) ali perguntados a ele pela classe política não eram do escopo do trabalho do banco central e que isso deveria ser questionado à classe política.
As atenções hoje se voltam ao IPCA-15 e uma possível descompressão da inflação em itens como alimentação e agora, transportes, após a dissipação de parte dos efeitos da elevação de impostos sobre combustíveis em março.
A safra recorde de soja e outros itens alimentícios, com a pluviosidade e temperatura correta (exceto pelo RS) tem contribuído para a contração do custo de alimentos, ainda que fora do lar o item demonstre pressão.
Outro ponto a ser observado de perto são os núcleos e possíveis alívios em serviços, com a contração ainda lenta de indicadores de atividade econômica, que preservam tais itens sob pressão, o que chama a atenção também ao INCC hoje.
Com a observação mais cerrada de indicadores econômicos em meio aos desafios dos bancos centrais, os dados de pedidos de bens duráveis, de capital, estoques são importantes nos EUA, após dados acima das expectativas no mercado imobiliário ontem e abaixo das projeções nos índices de confiança do consumidor.
Apesar dos resultados mais fortes ontem de Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Microsoft (NASDAQ:MSFT), o peso real veio dos resultados do First Republic, recriando o temor de contaminação sistêmica e assim, volta-se a atenção aos balanços hoje, como Meta, após o fechamento e Boeing (NYSE:BA) agora na abertura dos negócios.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com temores na Europa de piora do setor bancário, mas resultados positivos de Alphabet e Microsoft.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos na maioria, atentos aos resultados corporativos mais fracos no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaques ao minério de ferro, platina e paládio.
O petróleo cai em Londres e sobe em Nova York, com a queda nos estoques americanos da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0534 / 0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,647%
Dólar / Yen : ¥ 133,40 / -0,292%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,524%
Dólar Fut. (1 m) : 5065,00 / 0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,18 % aa (-0,22%)
DI - Janeiro 25: 11,82 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 26: 11,60 % aa (-0,83%)
DI - Janeiro 27: 11,75 % aa (-0,96%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,6989% / 103.220 pontos
Dow Jones: -1,0172% / 33.531 pontos
Nasdaq: -1,9775% / 11.799 pontos
Nikkei: -0,71% / 28.416 pontos
Hang Seng: 0,71% / 19.757 pontos
ASX 200: -0,08% / 7.316 pontos
ABERTURA
DAX: -0,516% / 15790,21 pontos
CAC 40: -0,775% / 7473,26 pontos
FTSE: -0,236% / 7872,49 pontos
Ibov. Fut.: -0,79% / 104846,00 pontos
S&P Fut.: 0,27% / 4104,25 pontos
Nasdaq Fut.: 1,171% / 12959,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,22% / 104,85 ptos
Petróleo WTI: 0,35% / $77,34
Petróleo Brent: -0,02% / $80,75
Ouro: 0,12% / $1.999,59
Minério de Ferro: 2,60% / $105,10
Soja: 0,28% / $1.449,25
Milho: 0,50% / $649,75
Café: 1,04% / $194,45
Açúcar: 0,94% / $26,90