Os preços do milho reagiram a partir de meados de outubro.
Na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$27,50 (17/1), para entrega imediata.
A alta foi de expressivos 17,5% em novembro, em relação à média de outubro. Na comparação com o mesmo período do ano passado a cotação está custando 5,8% maior (figura 1).
Mas, considerando os estoques elevados no Brasil e a baixa liquidez do mercado até então, além da colheita em andamento nos Estados Unidos, com expectativas de uma safra cheia (2014/2015), de onde vem à pressão de alta?
Primeiro, vem dos atrasos na colheita do milho norte-americano no final de outubro e começo de novembro, quando chegou a uma diferença de até quinze pontos percentuais de atraso em relação à média das cinco últimas temporadas. Os preços reagiram no mercado internacional.
O segundo ponto é que este atraso aumentou a procura pelo milho brasileiro para exportação nas últimas semanas. O dólar valorizado em relação ao real aumentou o interesse do exportador brasileiro.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana de novembro o Brasil exportou 139,3 mil toneladas de milho por dia, 0,8% mais que a média diária de outubro, que já tinha sido 13,3% maior que o volume exportado em setembro.
Considerações finais
Em curto e médio prazos o mercado futuro aponta para alta de preços no mercado interno. Além dos fatores citados, a redução da área plantada no Brasil na primeira safra (2014/2015) colabora com este cenário de preços firmes.
Na BM&F/Bovespa o contrato com vencimento em março de 2015 fechou cotado em R$32,30 por saca no dia 14 de novembro. Veja a figura 2.
O contraponto é a expectativa é de estoques elevados ao final de 2014. A Companhia Nacional de Abastecimento estima 15,26 milhões de toneladas de milho, frente as 8,26 milhões de toneladas no final do ano passado.