Nesta segunda-feira (26/7/2021), foi divulgado o relatório Focus, pelo banco central. Este documento é divulgado semanalmente com as previsões do mercado financeiro em relação aos principais indicadores da economia.
Os operadores do mercado financeiro voltaram a elevar suas projeções para a inflação deste ano, pela 16ª semana consecutiva, de 6,31% para 6,56% ao ano, ou seja, o aumento generalizado dos preços. Dessa forma, em meio à pressão inflacionária, para os economistas consultados pelo banco central, a projeção para a Selic, a taxa básica de juros, neste ano é de 7%, assim como para o crescimento do PIB, que passou de 5,27% para 5,29%. A alta da Selic é um mecanismo do banco central para controlar a inflação.
E como isso afeta seus investimentos em renda fixa?
Para aqueles investidores que têm um perfil conservador, que injetam seu capital em investimentos de renda fixa, como o Tesouro Selic, e esperam ter retorno ainda mais significativo do que deixar o seu dinheiro na poupança, temos boas notícias: com a perspectiva do aumento da taxa de juros Selic, o seu rendimento neste investimento irá aumentar também.
Temos também outros produtos financeiro de renda fixa, como o Tesouro IPCA +, em que o indexador é o IPCA (índice de preços ao consumidor amplo). É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA, e com essa projeção de que este percentual ficara acima do teto da meta, o rendimento nesta aplicação irá aumentar também.
O CDB (certificado de deposito bancário) ,que é um titulo do banco pós fixado, está vinculado a um indexador, que neste caso é o CDI (certificado de depósito interbancário), taxa usada entre instituições financeiras que hoje é 4,15%. A Selic e o CDI são taxas muito próximas, elas costumam ficar 0,10 ponto porcentual abaixo da Selic Meta. Ou seja, como temos uma projeção de aumento da taxa de juros Selic, o CDI vai aumentar também e, dessa forma, meu rendimento irá aumentar ao investir num CDB.
Assim, investir em renda fixa volta a ser atrativo para os investidores.