Iniciamos o ano de 2021 com a taxa Selic em 2% ao ano e, na segunda reunião do Copom do ano em março, iniciamos o atual ciclo de aperto monetário, sob previsões de alta da inflação devido à pandemia após injeção do dinheiro para a população.
Desde então, não paramos mais com ajustes, e o último foi o acréscimo de 1% ou 100 pontos-base (bps), atingindo 12,75%, maior patamar desde janeiro de 2017.
Ao término do pregão da última segunda-feira, dia 16/05/2022, descolamos do mercado norte americano e fechamos o dia em alta. Mês de maio marcado pela recuperação do Ibovespa desde a presente data, subindo 0,33% no mês e 3,25% no ano.
Além de o Ibovespa fechar o dia no positivo, subindo 1,22%, os DIs - juros futuros - que começaram o dia em alta, fecharam todos no negativo, após membro do Copom afirmar que a taxa básica de juros pode ficar nos patamares atuais por mais tempo.
A questão é a seguinte: nessa condição de juros altos por mais tempo, voltamos a ter atratividade dos países desenvolvidos?
A meu ver, isso demonstra uma certa cautela em querer valorizar a moeda local, visto que logo menos vamos entrar em campanha eleitoral e temos risco jurídico. Outro ponto a ser observado é a inflação, principalmente pelas commodities, que não dão uma trégua nas altas.
Sendo assim, continuamos a briga pela valorização da nossa moeda para combater a inflação, e podemos deixar empresas com lucros menores devido aumento da taxa básica de juros.
O desconto no lucro das empresas pode atrair novamente capital estrangeiro? Ou podemos entrar em uma recessão, como o Banco Central dos EUA está trabalhando para evitar.