Sem texto, sem base, sem custo e sem tramitação é o resumo da suposta PEC da Transição que o futuro governo usou como balão de ensaio para com o congresso para tentar embarcar tudo e um pouco mais das suas promessas de campanha.
Com o tempo exíguo e falta de um texto final, Lira e outros líderes do congresso se adiantam e avisam que não existem condições de se passar algo desta magnitude e sem as devidas garantias, o que dá a sensação de que o texto deva voltar ao seu formato original, ou seja, somente a continuidade do auxílio-Brasil seria incluída.
Como no Brasil nada é garantido, as atenções dos investidores continuam focadas em como se desenha a PEC e os impactos fiscais de curto prazo até a redação de um texto final, inclusive como serão discutidas no senado hoje, conforme anunciado por Pacheco.
No âmbito internacional, a semana mais curta de NY e a agenda fortemente concentrada a partir de amanhã dão o tom do mercado, em ritmo de final de ano e suscetível ao pouco noticioso disponível.
Ontem, a forte queda do petróleo no mercado internacional veio da notícia de que a Arábia Saudita elevaria a produção em meio milhão de barris dia, notícia a qual fazia pouco sentido, no atual cenário.
O desmentido veio hoje, fazendo com que a commodity ganhe um pouco mais de pressão em meio à derrocada em geral, motivada pelos novos sinais negativos emitidos da China quanto ao avanço da COVID-19.
Assim como ontem, as atenções se voltam aos discursos de membros do Fed, cada vez mais difusos na percepção do rumo dos juros americanos, em meio aos desafios de inflação e atividade econômica.
Mester fala às 13:00, enquanto George fala às 16:15 e Bullard às 16:45, todos membros do FOMC e deve ser o foco dos investidores hoje, na ausência de indicadores econômicos mais criveis.
Em resumo, está tudo em aberto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, puxados por ações de petrolíferas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, exceto China, após o fechamento de diversas localidades devido à COVID-19.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, após o desmentido do aumento de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,40%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3087 / -1,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,03 / 0,342%
Dólar / Yen : ¥ 141,33 / -0,563%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / 0,406%
Dólar Fut. (1 m) : 5320,97 / -1,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,05 % aa (0,06%)
DI - Janeiro 24: 14,26 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 26: 13,34 % aa (-1,33%)
DI - Janeiro 27: 13,25 % aa (-1,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8065% / 109.748 pontos
Dow Jones: -0,1346% / 33.700 pontos
Nasdaq: -1,0905% / 11.025 pontos
Nikkei: 0,61% / 28.116 pontos
Hang Seng: -1,31% / 17.424 pontos
ASX 200: 0,59% / 7.181 pontos
ABERTURA
DAX: 0,491% / 14450,56 pontos
CAC 40: 0,264% / 6651,95 pontos
FTSE: 0,892% / 7442,66 pontos
Ibov. Fut.: 1,05% / 110690,00 pontos
S&P Fut.: 0,19% / 3965,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,127% / 11606,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,04% / 115,29 ptos
Petróleo WTI: 0,25% / $80,24
Petróleo Brent: 0,23% / $87,65
Ouro: 0,52% / $1.747,19
Minério de Ferro: -2,27% / $93,15
Soja: -0,23% / $1.433,75
Milho: -0,04% / $658,75
Café: 4,10% / $157,50
Açúcar: 0,05% / $19,88