Uma das criptos que costuma receber bastante destaque em nossas análises é a Polygon, plataforma de segunda camada da rede Ethereum. Recentemente, o CEO do ativo divulgou a parceria com o Meta [Facebook(SA:FBOK34) (NASDAQ:FB)] para a criação de NFTs. Neste artigo vamos avaliar o que essa parceria quer dizer sobre o futuro da Polygon e a nossa tese para as criptos alternativas à Ethereum.
Vamos voltar ao problema inicial: Porque a rede da Ethereum não tem o monopólio sobre os NFTs criados no mercado? A maior parte das grandes coleções é feita na rede Ethereum, o que inclui os famosos Bored Apes, que foram adquiridos por celebridades como Justin Bieber e Neymar. A grande questão é que as taxas da rede Ethereum tornam inviável a produção e venda de NFTs baratos, acessíveis ao varejo. Dessa forma, existe um movimento crescente para a criação de NFTs em rede com taxas mais baratas. Esses são os que terão uma grande chance de se popularizarem em larga escala para as massas de consumidores.
O Facebook escolheu quatro blockchains para começar a sua integração: Ethereum, Polygon, Solana e Flow. As três últimas devem cumprir o papel de permitirem NFTs tão versáteis que poderão de fato serem comprados e vendidos por pessoas comuns que utilizam a rede social, começando pelo Instagram, enquanto a Ethereum, ao que tudo indica, deve permanecer como uma rede em que só criará NFTs de luxo.
Destrava de valor?
Apesar da Polygon, no momento da divulgação da notícia, ter apresentado uma leve alta, acredito que o movimento de integração deve ser tratado como destrava de valor de médio e longo prazo. A indústria de NFTs como um todo está em processo de amadurecimento e ainda devemos observar muitas novas usabilidades sendo criadas, quando esses ativos, de fato, se tornarem verdadeiramente acessíveis para o varejo. No caso da Polygon, essa integração é especialmente interessante quando levamos em consideração o ecossistema de blockchain games que tem surgido na rede.
Também é interessante ressaltar as diferenças entre Polygon e Solana. Ambas são blockchains com taxas muito baratas, mas que funcionam de forma totalmente diferentes. A Polygon é uma solução de escalabilidade da Ethereum, a ideia é que diversos aplicativos, que já existem na rede da Ethereum, possam ser replicados dentro da Polygon. Apesar do ativo não utilizar a segurança da Ethereum, usuários podem enviar suas criptos e NFTs de dentro da Polygon para a Ethereum, caso se sintam mais seguros, já que os formatos de tokens compatíveis com as duas redes são os mesmos. A Polygon é o que chamamos de Blockchain EVM, pois utiliza Ethereum Virtual Machine, a Máquina Virtual da Ethereum, uma forma de dizer que elas possuem todas as compatibilidades citadas.
A Solana, por sua vez, é uma blockchain que promete tornar o uso de NFTs muito mais barato, contudo, ao contrário da Polygon, possui um formato muito diferente da rede Ethereum, tanto na arquitetura da blockchain quanto no formato das criptos que existem nessa rede. A Solana não é compatível com EVM. Essa diferença não necessariamente é ruim, ela traz elementos que podem ser vantajosos, como uma linguagem de programação que pode ser utilizada para fins mais específicos e de forma mais eficiente.
Tanto Polygon quanto Solana, são duas das blockchains em que mais apostamos para popularizar NFTs de uma forma que a Ethereum, atualmente, é incapaz.
Quem vai sobreviver à queda?
Esse tipo de integração é especialmente importante no momento de queda do mercado, ativos como Ethereum, Polygon e Solana estão entre aqueles que nós acreditamos que podem voltar com mais força no próximo ciclo de alta. A conexão com empresas do mercado tradicional podem catapultar a quantidade de usuários, bem como a demanda pelos tokens das redes no longo prazo.