Ostentação Ontem questionamos o fundo do poço para a Bolsa, se é que existe um fundo. Você está preocupado em o Ibovespa perder os 45 mil pontos? Eu estaria mais preocupado com a perda dos 40 mil. Mas enquanto definhamos, os gringos ostentam... |
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O índice Nasdaq acaba de renovar a sua máxima histórica, após sequência de sete altas seguidas. Paralelamente, o Dow Jones e o S&P 500 estão beirando novos recordes históricos. Em que mundo esses caras vivem? O mundo dos resultados A principal força motriz das Bolsas americanas parece vir da temporada de resultados - além do driver clássico da liquidez, claro. Com mais de 90% das integrantes do S&P 500 já tendo reportado seu resultado do quarto trimestre, a constatação é de um crescimento médio de 9,3% nos lucros até então, cerca de três pontos percentuais acima da média de projeções dos analistas. Contra fatos há argumentos? Há sim. Há o risco de uma recuperação econômica frágil, agora com menos estímulos. Há o argumento de lucros corporativos inflados não pela operação, mas pelo resultado financeiro em um contexto de juros zero (que, obviamente, não durará para sempre). A maior aposta contra uma Bolsa da história George Soros é conhecido por ter feito apostas gigantescas e vencedoras. Dentre elas, a quebra do Banco da Inglaterra, que rendeu alguns bilhõezinhos ao nosso herói, citada no M5M de ontem. Na sexta-feira, tornou-se público que no último trimestre o fundo de Soros aumentou em 154% a sua aposta contra o mercado de ações, via posição vendida no índice S&P 500. Com isso, a aposta chega a 11,13% de todo o patrimônio sob sua gestão. Pouca coisa? É o equivalente a US$ 1,3 bilhão de pressão vendedora sobre o S&P 500, somente do Soros. Decoupling Revisitando o gráfico acima, notamos que aquela velha correlação histórica entre as Bolsas americana e a brasileira não é mais a mesma - longe disso. Colocando o Ibov na conta... |
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Nós caímos enquanto eles subiram. Você acha que vamos subir se eles sofrerem uma correção expressiva? Infelizmente, eu acho que perdemos o bonde. “Não sei o que fazer” Sofremos pressão dos gringos, e não temos um mundo de resultados para nos orgulhar - alguém aí viu o resultado que a Oi (OIBR4) soltou hoje? Em uma troca de emails essa manhã, o leitor Walter resumiu o sentimento de muitos: “hoje, sinceramente, não sei o que fazer”. Desde o ano passado temos recomendado alocação underweight (abaixo da média) em ações. O contexto da Tempestade Perfeita, este contexto, que impõe queda de 9,2% para o Ibovespa em pouco mais de mês em 2014, ainda exige uma alocação do grosso do patrimônio de forma extremamente conservadora. Dependendo do seu perfil de risco, a ideia é deixar de 80% a 60% dos recursos em aplicação de baixíssimo perfil de risco com retorno real (descontada a inflação) interessante. A Bolsa é o seu beta, para colocar pouco dinheiro em boas empresas extremamente descontadas, ou caçar oportunidades de multiplicação de valor. É o dinheiro de que você não vai precisar. Para o grosso do seu patrimônio Para a parte conservadora, ou o grosso do seu patrimônio, sobressaem algumas debêntures de rating AAA (ex. debêntures da Vale), ou notas do Tesouro Direto: hoje você não encontra rendimento de 13% ao ano com esse perfil de risco em nenhum outro lugar do mundo. Foi pensando nisso que preparamos uma série especial sobre o Tesouro Direto, que vai desde o passo-a-passo de como investir nas notas até a indicação específica de quais os melhores títulos para comprar. O “risco” por trás destas quedas Pensando agora na parte “beta” do patrimônio, o Régis e o Guilherme gostariam de saber: (i) o que está acontecendo com Gerdau? Mudou algo no macro, o risco-China Algum fato novo para JBS cair mais de 8% em 2 dias? Gerdau vem apanhando por conta do risco-apagão. O mercado está batendo em todo mundo que é intensivo em energia (indústria de modo geral) e Gerdau entra nessa história. Já JBS sofre com o risco-Bertin: segundo matéria da Folha, a família Bertin está liquidando a sua posição na companhia. A pergunta sobre JBS deveria ser outra: por que subira tanto? Lembrando que JBS também carrega o risco-Tony Ramos. |
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