Em um dos dias mais complexos da semana, a quinta-feira contou com avanços na operação Lava-Jato no Brasil, discursos de membros do FOMC, com destaque para a fala de Janet Yellen e a contínua volatilidade da vitória de Trump. Entre os pontos mais relevantes do discurso de Yellen está a “certeza” de que os juros deverão ser elevados muito em breve, ou seja, dezembro e de que o adiamento deste processo pode levar à uma gradual piora da situação econômica americana.
Outro ponto de suma importância foi a confirmação do FICO, com a chairwoman enfatizando que cumprirá todo seu mandato, o que frustra o discurso de Trump por sua demissão. Por fim, demonstrou-se também que o Fed está atento aos resultados eleitorais e que deve condicionar o ritmo e peso da política monetária à questão fiscal.
A sessão de hoje abre com o discurso de Mario Draghi, chairman do Banco Central Europeu indicando a necessidade de uma nova rodada de afrouxamento monetário para dar sustentação à recuperação do bloco, em vista às incertezas globais em 2017 e em relação ao Brexit.
Obviamente, a jogada de Draghi visa enfraquecer a moeda única para também dar suporte à recuperação econômica com tal movimento. Com o novo contexto político americano, as taxas que já haviam encontrado seu piso na política monetária de diversos países e se mostrava tendente à reversão em outros, pode sofrer um novo ciclo de afrouxamento, inclusive uma nova guerra cambial.
No Brasil, além de acompanhar a complexidade do novo cenário internacional, a operação Lava-Jato continua a surpreender e o atual alvo são os políticos cariocas, dentro do contexto da delação da Odebretch.
O temor dos investidores de que a instabilidade política possa comprometer a recuperação econômica, em especial devido às investigações do TSE contra a chapa unificada Dilma-Temer continuam a mexer com o mercado, porém ontem um delator já mudou a sua versão, indicando que os recursos disponibilizados eram na verdade Caixa 1, legalmente contabilizados.
Com as 10 medidas contra corrupção “patinando” no congresso e mudanças repentinas de delações, uma aparente operação Abafa parece se desenhar para conter a Lava-Jato. Simplesmente, inaceitável.
Futuros em NY, aberturas na Europa e petróleo negativos neste momento.
“Se algo pode corrompe-lo, você já é corrupto”- Bob Marley
DI - Janeiro 17: 13,72 % (-0,01%)
DI - Janeiro 18: 12,42 % (0,08%)
DI - Janeiro 21: 12,18 % (1,07%)
DI - Janeiro 25: 12,30 % (0,74%)
Dólar Comercial: R$ 3,4211 / -0,15%
Dólar Dezembro 16: 0,02%
Dólar Janeiro 17: -0,36%
IBOV 59.770 pontos / -1,63%
Dow Jones 0,19% / 18.904 pontos
Nasdaq 0,74% / 5.334 pontos
Nikkei 0,59% / 17.967 pontos
Hang Seng 0,29% / 22.344 pontos
S&P/ASX 200 0,60% / 5.359 pontos
FTSE 0,67% / 6.795 pontos
Dax 0,20% / 10.686 pontos
CAC40 0,59% / 4.528 pontos
BOM DIA E BONS NEGÓCIOS