Por favor, tente outra busca
Apesar de aprovada em versões distintas na Câmara e no Senado, a articulação do governo Donald Trump tem conseguido avançar em direção a um consenso para a reforma tributária no país.
Após chancelar sua proposta no último dia 2 de dezembro, o Senado decidiu, na semana passada, iniciar negociações formais para conciliar as propostas tributárias entre as duas casas (Câmara e Senado). A decisão de busca por conciliação do Senado seguiu o mesmo gesto apresentado pela Câmara, excepcionalmente num curto espaço de tempo, o que abre possibilidade de que um projeto final de lei possa realmente ser apresentado até o prazo final do dia 22 de dezembro estabelecido por Donald Trump.
Com a chance aumentando de uma proposta conciliada no Congresso para sanção do presidente, cresce a discussão no mercado sobre as vantagens e desvantagens de uma mudança orçamentária significativa (o maior corte de impostos da história, segundo o governo norte-americano).
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, divulgou uma carta feita por nove economistas, no qual afirmam que a reforma tributária aumentará o crescimento dos Estados Unidos em 0,3% ao ano na próxima década. Nesta segunda-feira, o Departamento do Tesouro divulgou outro estudo no qual estima que a reforma tributária aumentará o PIB de forma suficiente para gerar receita adicional de 1,8 trilhão de dólares em 10 anos.
Ou seja, a conta do Departamento do Tesouro é mais do que suficiente para compensar a perda de receita com os cortes de impostos. O racional é uma velha e conhecida armadilha experimentada pelo Brasil no passado, onde se acreditava que uma redução de impostos impulsionaria o investimento, criaria novos empregos, aumentaria salários, o que provocaria impulso na economia. Quanto mais forte o crescimento, consequentemente maior será a arrecadação.
No estudo, o Departamento do Tesouro projeta aceleração do crescimento para 2,9% ao ano, nível muito robusto para uma economia avançada e de grande porte. O problema é que o estudo não apresenta detalhes de como o crescimento alcançará nível tão elevado e muito menos qual seria a resposta do FED (Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos) para manter a inflação ancorada na meta de 2% a ser perseguida.
Ministros de Finanças das cinco maiores economias da Europa já expressaram preocupação e alertaram os Estados Unidos de que a reforma, se aprovada, estará conflitante com as regras internacionais do comércio mundial.
Um estudo independente, feito por 38 economistas consultados pela Universidade de Chicago, mostra que a reforma não vai intensificar o crescimento econômico nem perto do nível esperado pelo governo, além de provocar aquilo que até mesmo leigos em economia temem: aumento da dívida pública.
O corte de impostos representará uma perda de 1,4 trilhão de dólares ao cofre do Tesouro norte-americano pelos próximos dez anos. Além do risco fiscal, o espaço para aceleração do crescimento de forma sustentável, sem criar desequilíbrios macroeconômicos, parece limitado, já que atualmente a economia opera perto do pleno emprego.
O impulso econômico, portanto, se ocorrer, provavelmente irá se esbarrar nas condições aquecidas do mercado de trabalho, provocando o efeito colateral da aceleração da inflação. O novo chair do FED, Jerome Powell, escolhido a dedo pelo Donald Trump, tende a fazer o possível para a política monetária não entrar em conflito com a política fiscal e econômica.
Powell é reconhecidamente dovish no mercado e em declarações recentes tem sido claro em enxergar poucos riscos de aceleração da inflação. Em tese, o aumento da inflação forçaria uma resposta na política monetária, com juros subindo mais rápido do que o esperado e/ou aceleração no processo de desalavancagem financeira.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos está em 4,1%, mínima dos últimos 17 anos, mas o FED não tem demonstrado intimidação frente ao risco de uma reforma tributária ser aprovada nas condições macro atuais. Já se especula no mercado que o FED tende a se afastar da agenda fiscal, esperando, primeiramente, por uma reação consistente da inflação por algum tempo, para posteriormente revisar sua estratégia de política monetária.
Olá, amigo trader! Olá, amigo investidor! Olá, amigo ÁGUIA! Com a posse de Trump, o Bitcoin e o ourosobem forte! Por sua vez, Tesla (NASDAQ:TSLA) cai.As bolsas americanas em alta...
Olá, pessoal! Apresentamos uma análise baseada no fechamento do mercado em 13/01/2025. Nossa abordagem combina Análise Técnica com as poderosas ferramentas das Ondas de Elliott e...
A manhã da segunda-feira (06/01/2025) foi marcada por um impacto significativo na política mundial. A adaptação a esse cenário torna-se fundamental devido à grande volatilidade...
Tem certeza de que deseja bloquear %USER_NAME%?
Ao confirmar o bloqueio, você e %USER_NAME% não poderão ver o que cada um de vocês posta no Investing.com.
%USER_NAME% foi adicionado com êxito à sua Lista de bloqueios
Já que acabou de desbloquear esta pessoa, você deve aguardar 48 horas antes de bloqueá-la novamente.
Diga-nos o que achou desse comentário
Obrigado!
Seu comentário foi enviado aos moderadores para revisão
Adicionar comentário
Nós o incentivamos a usar os comentários para se engajar com os usuários, compartilhar a sua perspectiva e fazer perguntas a autores e entre si. No entanto, a fim de manter o alto nível do discurso que todos nós valorizamos e esperamos, por favor, mantenha os seguintes critérios em mente:
Os autores de spam ou abuso serão excluídos do site e proibidos de comentar no futuro, a critério do Investing.com