Na semana esvaziada, onde o foco acaba por se voltar à questão política e seus meandros, as atenções se voltam aos dados de emprego no Brasil, os quais já surpreendeu a maioria das expectativas do início deste ano.
O CAGED continua a projetar um crescimento robusto da criação de vagas, com números acima de 100.000 por período, o que de certa maneira acaba por influenciar os resultados da PNAD, em franca contração, desde seu pico de 14,9% em março de 2021.
Contrariando o cenário recessivo desenhado por diversos analistas no início deste ano, a economia brasileira deve crescer quase 3%, entregar uma redução substancial do desemprego, uma inflação quase a metade daquela projetada no início deste ano e superavit fiscal.
Agora, no curto prazo, a questão política em voga analisa o nome de Tebet para o ministério do planejamento, porém, tanto as declarações de Haddad sobre diversos temas, quanto as falas do novo presidente evidenciam uma coisa: ninguém manda ‘nada’ neste novo governo, a não ser o próprio presidente.
No exterior, mercados celebraram ontem, após a China anunciar oficialmente que encerrará a quarentena para viajantes que chegam a partir de 8 de janeiro, o que simbolizaria o fim da política de Covid-zero que mantém há quase três anos.
Com três pregões restantes no ano, os mercados globais sofreram um péssimo 2022, com governos e bancos centrais enfrentando uma inflação altíssima decorrente das consequências da guerra da Rússia na Ucrânia e dos constantes lockdowns na China.
Investidores estão cautelosos com a perspectiva de uma recessão iminente e um período potencialmente prolongado de crescimento econômico lento, onde a maioria das economias desenvolvidas terá sorte se atingir 1% de crescimento do PIB ao ano, nos próximos anos.
Isso tudo cria uma dependência acima do esperado do crescimento chinês, de forma a dirimir os efeitos da recessão global e puxar as economias emergentes, reduzindo a dependência das economias centrais, como ocorre hoje em dia.
Atenção hoje ao PNAD, CAGED, resultado do governo central e nos EUA, venda de casas pendentes e Fed de Richmond.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com investidores avaliando ventos contrários em 2023.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com exceção de Hong Kong, após anúncios de menores restrições ao COVID na ilha.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, apesar do retorno da economia chinesa e os temores de tempestades nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2931 / 1,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,038%
Dólar / Yen : ¥ 133,96 / 0,397%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,042%
Dólar Fut. (1 m) : 5279,29 / 1,44 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,54 % aa (0,20%)
DI - Janeiro 25: 12,94 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 26: 12,92 % aa (0,05%)
DI - Janeiro 27: 12,94 % aa (0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1467% / 108.578 pontos
Dow Jones: 0,1133% / 33.242 pontos
Nasdaq: -1,3777% / 10.353 pontos
Nikkei: -0,41% / 26.341 pontos
Hang Seng: 1,56% / 19.899 pontos
ASX 200: -0,30% / 7.086 pontos
ABERTURA
DAX: -0,109% / 13979,79 pontos
CAC 40: -0,080% / 6545,41 pontos
FTSE: 0,780% / 7531,32 pontos
Ibov. Fut.: -0,32% / 110144,00 pontos
S&P Fut.: 0,05% / 3856,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,124% / 10906,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 112,90 ptos
Petróleo WTI: -0,53% / $79,11
Petróleo Brent: -0,63% / $83,80
Ouro: -0,71% / $1.804,59
Minério de Ferro: 0,07% / $113,50
Soja: 0,81% / $1.494,00
Milho: -0,19% / $673,50
Café: 0,18% / $167,95
Açúcar: -0,98% / $20,13