Os instrumentos abaixo foram os mais populares entre o Investing.com na última semana. Confira abaixo quais são, em ordem alfabética, e a movimentação deles durante o período:
Chiliz (CHZ/BRL)
A criptomoeda sensação nos dois últimos meses passou por uma leve correção nesta semana. Entre os dias 20 e 26 de março, a cotação do Chiliz em Real (CHZ/BRL) teve uma queda acumulada de 14,13%, com apenas dois dias fechando no positivo.
Uma perda insignificante perto da disparada verificada em fevereiro e março, aproveitando o boom das criptomoedas renovadas desde o fim de 2020 aliado a uma característica intrínseca à essa moeda digital. No segundo mês do ano, a criptomoeda subiu 145,12%, enquanto neste mês a alta acumulada já chega a 941%.
O chiliz é um token desenvolvido no blockchain do Ethereum voltado para fãs de esportes e entretenimento, criado pela plataforma Socios.com. Popularizando-se entre fanáticos do futebol, o token propicia a compra e venda de produtos esportivos na plataforma criada pelo Socios.com, ainda mais que já há parceria com clubes conhecidos, como Barcelona e Paris Saint-Germain (PSG).
Segundo o CriptoFácil, parceiro de conteúdo do Investing.com, especula-se que a forte valorização do chiliz tenha sido impulsionada após a exchange OKEx anunciar no início de março que começaria a negociar o criptoativo da Chiliz.
Dólar
A alta de 0,75 ponto percentual da taxa Selic pelo Copom na semana anterior, o comunicado e ata da reunião do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação com ênfase maior em uma parcial normalização da política monetária acima do esperado pelo mercado não foram fatores impeditivos para a forte alta do dólar na última semana. A tendência seria de valorização do real ainda mais que o Federal Reserve, o Banco Central Europeu, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão demonstraram que vão permanecer com taxa de juros próximas ou abaixo de 0% por um período prolongado de tempo até que a economia e o mercado de trabalho em seus territórios de atuação estejam recuperados da crise provocada pela pandemia de Covid-19, o que expõe uma tendência de melhora no diferencial de juros para o real, reforçada também pelos estímulos monetários e fiscais nesses países e bloco econômico.
Porém, preocupações fiscais assolando o mercado à medida que o aumento dos casos de coronavírus no Brasil e das consequentes restrições sociais para conter a pandemia sinalizam a necessidade de novos auxílios à frente. Isso significa potencial aumento de gastos públicos, podendo romper o Teto de Gastos - a não ser que um novo estado de calamidade pública seja acionado - e no mínimo mais uma postergação na implementação da agenda liberal e de reformas, com os congressistas focando debates sobre problemas provocados pela pandemia.
O dólar fechou a semana em R$ 5,7566, alta acumulada de 4,82%, com todos os dias fechando com valorização ante o real.
Ibovespa
O Ibovespa acumulou queda de 1,24% na semana após fechar o volátil pregão de sexta-feira com alta de 0,91%, dando sequência aos ganhos de quinta-feira. O principal índice da bolsa brasileira não consegue retomar os patamares recordes de janeiro, com investidores reagindo à piora no cenário para a retomada econômica do país, além de exterior volátil de olho nos estímulos que devem chegar à economia americana e ao aumento de casos de coronavírus na Europa.
Petróleo Brent
Os preços do Petróleo Brent fecharam a semana estável após ter uma forte alta na sexta-feira. Foram dois dias de quedas bruscas e dois de forte alta com um de ligeiro ganhos.
A commodity oscilou entre grandes perdas e ganhos na semana após o navio Evergreen bloquear a passagem do Canal de Suez, no Egito, uma das principais rotas da commodity do mundo e a mais usada pelos países exportadores do Oriente Médio para a chegada na Europa.
LEIA MAIS: Bloqueio no Canal de Suez eleva fretes e provoca desvio de navios
Há relatos, segundo a imprensa internacional, que a retirada da embarcação, que encalhou após fortes ventos na segunda-feira (22), possa levantar semanas. Segundo a CNBC, o canal é responsável por 12% do tráfego marítimo mundial.
S&P 500 Futuros
Não é somente a bolsa brasileira que vive sob forte volatilidade. Os investidores em Wall Street estão sem vida fácil, especialmente com a forte pressão de baixa das ações de tecnologia sofridas nas últimas semanas e melhora na performance nas ações cíclicas, como as do setor financeiro e de energia, que devem ser beneficiadas pelo pacote trilionário de estímulos do governo Biden, além da retomada da economia impulsionada pela vacinação acelerada no país.
Isso porque as ações de tecnologia, majoritariamente listadas na Nasdaq, ganharam pesadamente durante os meses da pandemia e agora há receios de que uma alta mais rápida que o esperado das taxas de juros americanas possam encarecer o modelo de negócio dessas companhias, fortemente alavancadas.
A incerteza também é acompanhada pelos investidores brasileiros por meio do S&P 500 Futuros, índice que dá o termômetro do comportamento do mercado durante o dia. Nesta semana, o contrato futuro teve uma alta acumulada de 1,33%, com três dias de pregão fechando em alta e dois em baixa.