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5 empresas de gás natural prometem redefinir o futuro da energia limpa

Publicado 18.05.2023, 10:23
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  • Líderes do G7 devem discutir novas sanções ao setor de petróleo e gás da Rússia, o que pode impactar os preços mundiais do petróleo.
  • A Alemanha defende maiores investimentos públicos na produção de gás natural, sinalizando uma mudança em sua postura em relação a combustíveis fósseis.
  • Estas cinco empresas do setor oferecem soluções promissoras para a descarbonização do gás natural e a redução do seu impacto ambiental.
  • Na semana que vem, os líderes dos países do G7 se reunirão no Japão. Os investidores do setor de energia devem ficar atentos a essa reunião, pois ela pode ter implicações significativas para a indústria de petróleo e gás.

    Há planos de discutir, por exemplo, novas sanções à Rússia, com o objetivo de minar sua capacidade de produzir esses produtos no futuro. Isso poderia promover a alta dos preços do petróleo no longo prazo, na medida em que uma grande quantidade de óleo com desconto da Rússia atualmente está mantendo a cotação do barril mais baixa, apesar da tentativa da Opep de conter a oferta.

    Outro possível resultado importante poderia ser um endosso para investir mais na produção de gás natural. A Alemanha está pressionando os líderes do G7 a apoiar investimentos públicos no setor de gás.

    Trata-se de uma drástica mudança para um país europeu que, há não muito tempo, pregava a redução dos investimentos em novos recursos de combustíveis fósseis. Mas tal postura é muito mais coerente com a realidade enfrentada pela Alemanha e todos os outros países industrializados precisam e continuarão precisando de combustíveis fósseis por muito tempo.

    O desenvolvimento de fontes de energia renovável ainda está muito aquém do consumo global, sem falar que economias emergentes precisam atender às necessidades energéticas crescentes da sua população e das suas empresas. Em vez de cortar o investimento em novos recursos de petróleo e gás, a indústria e os governos fariam melhor em promover métodos que tornem mais limpa e eficiente a produção e o transporte dos combustíveis fósseis necessários.

    Já faz bastante tempo que o gás natural é considerado um combustível fóssil mais limpo para queima. De fato, a mudança do carvão para o gás natural permitiu que os Estados Unidos reduzissem as emissões de usinas de energia, aumentando, ao mesmo tempo, a quantidade de eletricidade gerada nos últimos quinze anos. Entretanto, é preciso ressaltar que a produção e o transporte de gás natural têm grande contribuição para as emissões de gases de efeito estufa.

    Quem sabe os líderes mundiais se convençam de que o gás natural é um combustível necessário para o presente e para futuro da economia global, endossando políticas que incentivem as empresas a tornar mais limpa a produção e o transporte do produto.

    Investidores interessados nesse setor devem estar cientes de que algumas empresas de petróleo e gás já estão utilizando tecnologias de ponta para descarbonizar seus setores de gás natural. Se os líderes globais se mobilizarem no sentido de traçar políticas que priorizem os combustíveis necessários, sem deixar de proteger o meio ambiente, tudo leva a crer que esses métodos e tecnologias podem se tornar atraentes para os produtores de energia.

    A liquefação do gás natural é um processo intensivo necessário para viabilizar o transporte marítimo do produto. Ocorre que o processo em si e o transporte do gás liquefeito a temperaturas muito baixas geram poluição e forte impacto ambiental.

    A Seatrium Limited (SGX:SEAT) (ex-Sembcorp Marine) desenvolveu um conjunto de tecnologias que podem ser aplicadas aos atuais navios-tanque de gás natural liquefeito (GNL), a fim de reduzir sua pegada de carbono.

    Um dos métodos mais interessantes é reliquefazer o gás revertido para a forma gasosa durante o transporte. Normalmente, esse gás é simplesmente desperdiçado e contribui para a poluição atmosférica, mas com a nova tecnologia da Seatrium, ele pode ser capturado e convertido ao estado líquido enquanto ainda se encontra no mar. Os navios-tanque de GNL mais antigos podem ser atualizados com essa tecnologia; portanto, seu uso não requer nem mesmo a compra de novos navios. De fato, a Chevron (NYSE:CVX) está reformando toda a sua frota com reliquefadores da Seatrium.

    A CMA CGM é uma empresa pioneira no uso de uma combinação de combustíveis que reduzem a pegada de carbono do transporte marítimo. A Shell (NYSE:SHEL) firmou recentemente um memorando de entendimento com a CMA CGM, a fim de promover o desenvolvimento de combustíveis marítimos de baixo carbono, visando reduzir o impacto ambiental do transporte de GNL e petróleo.

    Além disso, as duas empresas estão colaborando para desenvolver sistemas de mistura de gás natural e hidrogênio, para que os sistemas de gás natural atuais possam utilizar mais hidrogênio. A ideia é que a mistura de hidrogênio com gás natural reduza as emissões, uma vez que o hidrogênio não emite gases de efeito estufa quando queimado.

    A tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) há muito tempo é vista como uma forma de reduzir a pegada de carbono do desenvolvimento de petróleo e gás. Finalmente, ela avançou ao ponto em que as empresas são capazes de colocá-la em prática. A TotalEnergies (NYSE:TTE) está construindo uma instalação inovadora de CCS ao lado de um projeto de GNL na Papua-Nova Guiné.

    O projeto de CCS da Total irá capturar 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano e injetá-lo de volta no reservatório de gás natural durante a produção. O gás natural será transportado por meio de um gasoduto para uma instalação em Port Moresby para liquefação e exportação. Isso reduzirá a intensidade de carbono da produção de GNL desde o início e o dióxido de carbono nunca chegará à atmosfera. O projeto está previsto para entrar em operação em 2027.

    Essas são apenas algumas das novas tecnologias que prometem reduzir a intensidade de carbono do gás natural e de outros combustíveis fósseis. À medida que mais empresas de petróleo e gás forem adotando essas tecnologias em suas operações globais, a intensidade de carbono do gás natural deve diminuir.

    Na edição deste ano da Gastech 2023, que ocorrerá em Singapura de 5 a 8 de setembro, especialistas em energia e autoridades governamentais se reunirão para promover ainda mais essa inovação.

    Isso ajudará a fazer com que o gás natural tenha o apoio necessário para manter sua posição proeminente no fornecimento de energia à economia global. Tudo indica que os países do G7 estão finalmente percebendo que o gás natural não pode ser descartado de forma tão rápida como se pensava, razão pela qual a iniciativa mais correta é investir em tecnologias e processos para tornar o produto mais limpo e eficiente possível.

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    Aviso: A autora não possui atualmente qualquer posição nos ativos mencionados.

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