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3 Razões para Aproveitar a Queda das Ações da Apple e Inseri-las na Carteira

Publicado 09.03.2021, 08:58
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Se você tem caixa disponível e está esperando de fora o momento certo para embarcar em algumas ações de tecnologia, qual delas estaria no topo da sua lista?

Entre as três maiores ações mundiais do setor – Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) e Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) – minha escolha favorita seria Apple.

A fabricante do iPhone viu suas ações afundarem mais de 15% desde o pico de janeiro, com os investidores vendendo ações de crescimento diante da perspectiva de alta dos juros nos EUA.

Apple Semanal

Ninguém sabe quando essa liquidação vai terminar, mas há fortes indícios de que os papéis da Apple irão se recuperar após essa correção. Apresentamos abaixo três razões para o nosso otimismo com a ação.

1. Interesse de investidores comuns

Um grande indicador da resiliência dessa corrida de alta é a participação de investidores comuns no mercado acionário. Um ano após o crash provocado pela Covid-19, os operadores individuais já respondem por um quarto do volume negociado em ações nos EUA por dia.

Desde o pico do mercado há algumas semanas, os investidores de varejo injetaram recursos em ações americanas a uma taxa 40% maior do que em 2020, que também foi um ano recorde, de acordo com uma matéria da Bloomberg. Para esses investidores, segundo a matéria, a Apple foi a compra mais popular na última semana.

Em breve, o governo americano começará a emitir cheques com o dinheiro do pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão, o que aumentará a destinação de recursos ao mercado acionário. E, para os investidores individuais, a Apple continua sendo uma das queridinhas, já que sua marca tem grande apelo nesse tipo de público.

2. Robusto retorno de capital

Para investidores de longo prazo que desejam ter ótimos retornos através de dividendos e valorização de capital, a Apple é uma excelente opção.

Com US$ 196 bilhões em caixa disponível, a Apple pode se dar ao luxo de aumentar ainda mais seu programa de recompra de ações para dar suporte aos papéis. Com as recompras de ações, o valor das posições da Apple melhorará, além de que o número de papéis em circulação irá diminuir, aumentando a proporção da distribuição de lucros a um número menor de acionistas.

Warren Buffett, cuja empresa de investimento é uma das maiores acionistas de Apple, beneficiou-se imensamente dessa tendência. Buffett montou uma posição de US$ 120 bilhões em Apple desde que sua empresa Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34) começou a comprar o papel no fim de 2016.

A Berkshire acelerou suas aquisições de Apple ao longo de 2018 e, desde então, vem reduzindo sua participação, permitindo que a Berkshire embolsasse US$ 11 bilhões em vendas em 2020. Apesar dessas vendas, a participação da Berkshire na fabricante do iPhone cresceu só porque a própria Apple também expandiu suas aquisições, diminuindo o número de ações em circulação.

Como Buffett afirmou aos investidores em sua carta de 2020 divulgada no mês passado:

“Apesar dessa venda – voilà! – Berkshire agora detêm 5,4% de Apple. Esse aumento não teve qualquer custo para nós e ocorreu porque a Apple não parou de recomprar suas ações”.

3. Novo superciclo de crescimento

Depois de registrar um período letárgico de crescimento dos seus iPhones, a Apple está prestes a ingressar em outro superciclo de crescimento, impulsionado pelos mais novos modelos de telefone habilitados para 5G.

A chegada do iPhone 12, em nossa visão, gerará um boom recorde de vendas, similar ao que ocorreu no lançamento do primeiro iPhone com tela grande em 2014, já que milhões de usuários atuais irão atualizar seus aparelhos antigos.

O mais novo iPhone consegue acessar a rede de celular da próxima geração, chamada 5G, com a promessa de oferecer maiores velocidades de conexão. No último trimestre, o novo iPhone ajudou a elevar em 57% as vendas na China, que já possui uma rede 5G mais desenvolvida.

Evidentemente a Apple não se resume apenas ao iPhones. A divisão de serviços da Apple, que inclui App Store, iTunes, Apple Music e iCloud, também está crescendo forte, ajudando a diversificar as fontes de receita da companhia além dos aparelhos em si.

No ano passado, a receita da sua divisão disparou para US$ 54 bilhões, mais do que o dobro da quantidade gerada em 2016. Se o ritmo desse crescimento continuar, a receita proveniente de serviços pode ultrapassar US$ 100 bilhões em 2024, de acordo com Amit Daryanani, analista da Evercore ISI.

Resumo

Comprar as ações da Apple durante um ciclo de queda é uma boa estratégia, principalmente para investidores que querem manter a ação no longo prazo. O robusto plano de recompra de ações da Apple, a retomada das vendas do iPhone e a expansão da sua unidade de serviços estão entre os fatores que ajudarão a ação a se recuperar rapidamente assim que o período de queda acabar.

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