A discussão de hoje é um assunto mais leve. Vamos abordar menos projeções de dólar a R$5,50 e detalhes de volumes exportados acima de 160 mil toneladas e observar mais nossa dinâmica do mercado interno.
Com o consumo das famílias brasileiras numa “arrancada” de seis altas consecutivas, esse assunto não deve passar “batido". A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 2,9% de maio para junho/22. Na comparação com junho de 2021, o crescimento é de quase 20% (18,8% para ser mais específico).
Este seria o primeiro e mais forte motivo para acreditar em um consumo de carne de bovina maior nos próximos meses. O segundo fator vem do lado do estímulo ao consumo. Recentemente foi aprovado a “PECdos Auxílios” e a partir de agosto/22, as famílias que participam do Programa Auxílio Brasil receberão o benefício complementar de R$200, elevando o patamar do que recebiam de R$400,00 para R$600 até dezembro/22.
Este benefício combinado com os demais do gás e dos caminhoneiros deve injetar algo ao redor de R$41 bilhões na economia brasileira no segundo semestre de 2022. O aumento do valor deve colaborar para a melhora do consumo de bens não duráveis e, principalmente, alimentos.
O terceiro ponto tem peso menor, mas historicamente impulsiona as festividades, que é a Copa do Mundo. Em 2022, os jogos ocorrem entre 21 de novembro até 18 de dezembro, período que “casa muito bem” com os recebimentos do 13º salários e criação de empregos temporários.
Sem dúvida há água para passar embaixo dessa ponte nas próximas semanas e as eleições no meio do caminho. As oscilações de outros custos, como combustíveis, poderiam impulsionar ou atrapalhar essa dinâmica. No entanto, os pontos que mencionamos acima são fatos e não argumentos.