👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

3 Grandes Players Estão Mudando a Perspectiva do Mercado de Petróleo. Saiba como

Publicado 30.12.2020, 14:26
REP
-
ENI
-
CL
-
RS
-
ROSN
-

Com a chegada do ano-novo, o foco das atenções do mercado de petróleo está voltado aos efeitos do coronavírus, ao debates na Opep+, às previsões de viagens nas festas de fim de ano e à política norte-americana.

Petróleo diário

Mas existem outros fatores importantes no mercado petrolífero que não podem passar despercebidos.

Apresentamos a seguir a situação atual de três grandes players da indústria petrolífera que ficaram de fora das manchetes durante boa parte do último trimestre: Irã, Venezuela e China.

1. Irã

O Irã é o país que mais tem a ganhar com a mudança do governo Trump para o governo Biden nos EUA. O presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear firmado com o Irã pela administração Obama e implementou, em seu lugar, duras sanções contra o país persa, além de assassinar o chefe da sua Guarda Revolucionária.

Biden, por outro lado, prometeu em sua campanha levantar essas sanções e restaurar o acordo cancelado. Não se sabe ao certo como Biden se comportará perante o Irã, mas o país já planeja elevar sua produção petrolífera em 2021 com a intenção de exportá-la.

De acordo com a agência S&P Platts, o Irã produziu 2,02 milhões de barris por dia (mbpd) em novembro. Em 2020, a produção do país flutuou entre 2,12 e 1,95 mbpd.

Apesar das rígidas sanções atualmente em vigor, o Irã exportou cerca de 1,02 mbpd em novembro, segundo o portal TankerTrackers.com. Antes dessas restrições, o país produzia mais de 4 mbpd e já está começando a se preparar para voltar a extrair esse volume em 2021.

O orçamento do governo do presidente Rouhani para o ano-calendário iraniano que começa em março prevê vendas de 2,3 mbpd de petróleo. Como detalhou Rouhani em seu discurso de 9 de dezembro, a estratégia é impulsionar as exportações de tal forma que novas sanções seriam logisticamente impossíveis. A petrolífera estatal do Irã pretende elevar a produção para 6,5 mbpd nos próximos 20 anos.

A questão para os mercados é determinar se esses planos de produção e exportação são realistas e se já estão precificados nas projeções do mercado para 2021.

O Irã deve aumentar suas exportações clandestinas de alguma forma. A equipe de Biden não tem interesse de perseguir os violadores das sanções (principalmente em relação ao Irã), com o mesmo zelo que o governo Trump.

No entanto, muitos especialistas acreditam que o Irã não conseguiria aumentar a logística de exportações a uma escala capaz de influenciar o mercado até pelo menos a segunda metade de 2021. Por essa razão, não se espera um aumento significativo na oferta mundial proveniente do Irã.

2. Venezuela

De acordo com a Platts, a produção petrolífera da Venezuela em novembro foi de 430.000 bpd em média. Embora a Venezuela tenha as maiores reservas do planeta, de acordo com a Opep, mal consegue produzir petróleo, sendo inclusive obrigada a importar gasolina.

Durante a campanha, Biden indicou que não flexibilizaria as sanções ao país sul-americano, que o está impedindo de exportar petróleo e importar combustível. Vale a pena notar que, segundo o portal TankerTrackers.com, a Venezuela continua exportando petróleo com os mesmo métodos clandestinos usados pelo Irã.

No início de 2020, os EUA aplicaram sanções ao braço da Rosneft (MCX:ROSN) que detinha ativos na Venezuela e vinha vendendo petróleo do país. A Rosneft vendeu esses ativos para o governo russo, interrompendo a venda do petróleo caribenho.

Outras empresas, como ENI (MI:ENI), Repsol (MC:REP) e Reliance (NYSE:RS), estavam intercambiando petróleo pesado da Venezuela por produtos refinados, mas a ameaça de sanções secundárias dos EUA as obrigou a cessar as operações naquele país.

A menos que as sanções sejam levantadas, tudo leva a crer que o papel da Venezuela no mercado em 2021 pode se restringir ao de consumidor de produtos refinados.

Por outro lado, exceto por uma mudança política no país sul-americano ou procedimental nos EUA, os mercados não estão esperando muito da Venezuela no futuro próximo.

3. China

A demanda de petróleo da China está tendo grande influência sobre o mercado no final de 2020. Os pedidos de entrega de petróleo em janeiro e fevereiro no país são robustos, o que está impulsionando, em parte, o recente rali no produto.

Outro fator importante para 2021 é que a China quer aumentar sua capacidade de armazenamento nos tanques estatais em 100 milhões de barris. Para se ter uma ideia disso, a demanda mundial de petróleo nos últimos anos girou em torno de 100 mbpd.

As refinarias e instalações de armazenamento privadas devem crescer em 2021. Essas informações indicam maior demanda chinesa no próximo ano, o que, evidentemente, é um bom sinal para o preço do petróleo.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.