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3 Fatores Podem Fazer o Petróleo Atingir Três Dígitos em Breve

Publicado 15.06.2021, 09:57
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Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com. Publicado originalmente em inglês em 14/06/2021

  • Petróleo registrou nova máxima plurianual na semana passada – Próximo alvo técnico abre caminho para preços de três dígitos
  • Tempestade perfeita para a alta do petróleo
  • Fator 1: política energética nos EUA
  • Fator 2: Inflação
  • Fator 3: Demanda só tende a crescer – Fique de olho no comportamento dos preços de outras duas commodities energéticas

O mercado e o mundo ficaram chocados quando o contrato futuro do barril de petróleo na Nymex atingiu a cotação de US$ -40,32 em 20 de abril de 2020. Desde que o petróleo futuro começou a ser negociado na divisão da Nymex na CME, em 1983, os preços do barril jamais haviam ficado abaixo de US$9,75. Neste século, a mínima foi de US$16,70 antes daquele fatídico dia.

Desde aquela mínima histórica de abril de 2020, o petróleo não parou de subir. O contrato da Nymex teve uma impressionante recuperação e fechou 2020 a US$48,42 por barril. Em 2021, o preço continuou em disparada. O barril de petróleo não é negociado abaixo de US$50 desde a primeira semana deste ano. E não fica abaixo de US$60 desde a correção que fez a commodity energética atingir US$57,25 no fim de março. Na semana passada, o preço do barril superou a marca de US$70 pela primeira vez desde outubro de 2018.

Temos visto diversas commodities atingindo máximas plurianuais nas últimas semanas e meses. As mais recentes foram o cobre, a madeira serrada e o paládio, que registraram novos picos históricos em maio. O ouro atingiu seu preço mais alto na história em agosto de 2020. Nos últimos meses, diversas commodities agrícolas tocaram máximas plurianuais, juntamente com outras matérias-primas. Apesar de muitas delas terem recuado em relação a essas máximas, na semana passada foi a vez do petróleo se valorizar.

O petróleo não para de subir, registrando máximas e mínimas ascendentes nos últimos 14 meses. A tendência deve continuar e fazer a commodity energética atingir novas máximas nas próximas semanas e meses.

EVENTO: Simpósio Agrodigital de Mercados Futuros

Petróleo registrou nova máxima plurianual na semana passada – Próximo alvo técnico abre caminho para preços de três dígitos

O petróleo continuou se valorizando na semana passada, quando atingiu o maior nível de 2021 e desde outubro de 2018.

Petróleo leve semanal

Fonte: CQG

O gráfico semanal destaca a nova máxima mais recente a US$71,24 na sexta-feira 11 de junho. O petróleo tem registrado uma ascensão constante desde o início de novembro de 2020, com a única correção no último mês de março. O preço do barril ficou rapidamente abaixo de US$60 para logo superar a marca de US$70 na semana passada. O contrato futuro mais negociado na Nymex fechou 2020 a US$48,52. O preço não fica abaixo de US$50 desde a primeira semana de janeiro.

Petróleo leve semanal

Fonte: CQG

O gráfico mensal ilustra o próximo alvo de alta na máxima de outubro de 2018 a US$ 76,90. O nível técnico de resistência crítica pode abrir espaço para preços de três dígitos, que não são vistos desde 2014.

Tempestade perfeita para a alta do petróleo

O contrato futuro do barril de petróleo na Nymex teve uma recuperação espetacular desde a mínima de 20 de abril de 2020. O petróleo já subiu US$111,58 nos últimos 14 meses.

Os preços do produto estão em fortíssimo modo bullish desde que tocaram as mínimas de março e abril de 2020.

A última vez em que as matérias-primas registraram essa valorização consistente de preços foi após a crise financeira de 2008, quando os preços dispararam até as máximas históricas ou plurianuais em 2011 e 2012.

Em 2020 e 2021, o ouro, cobre, madeira serrada, paládio e óleo de soja atingiram novos picos históricos. Os grãos e outras commodities agrícolas estão nas máximas plurianuais.

Na semana passada, enquanto muitas das commodities voando alto estavam consolidadas após recordes recentes, o petróleo assumiu o bastão do mercado. Pelo menos três fatores fazem com que o atual ambiente geram uma tempestade perfeita para o mercado petrolífero nos próximos meses e anos.

Fator 1: política energética nos EUA

Talvez o fator preponderante para a disparada do petróleo seja o recuo do maior país produtor do mundo, os Estados Unidos. Em seu primeiro dia de mandato, o presidente Joseph Biden cancelou o projeto de oleoduto Keystone XL, que transportaria petróleo dos campos de areia betuminosa em Alberta, Canadá, para Steele City, Nebraska, com ramificações até o ponto de entrega da Nymex, em Cushing, Oklahoma.

Mais recentemente, o governo Biden proibiu atividades de fraturamento e perfuração em território federal no Alasca. As políticas de incentivo à produção do governo anterior estão “mortas”, como afirmou o ministro do petróleo da Arábia Saudita no início do ano.

No pico de março de 2020, os EUA produziram em média 13,1 milhões de barris por dia (mbpd). Em 4 de junho, a EIA, agência de informações energéticas dos EUA, divulgou uma produção diária de 11,0 mbpd, 16% abaixo da máxima. Enquanto isso, a Baker Hughes disse que o número de sondas em operação nos EUA era de 365 em 11 de junho, ou seja, 166 acima do mesmo nível de 2020. Embora o número de sondas esteja aumentando, a produção deve ser prejudicada pelas regulamentações maiores.

Devido às iniciativas norte-americanas contra a mudança climática, a produção de combustíveis fósseis deve ter um declínio. A drástica mudança na política energética ocorre no momento em que as pressões inflacionárias e a demanda de energia dispararam. Nesse ínterim, o poder de precificação do mercado petrolífero saiu das mãos dos EUA para a Opep e a Rússia. Após anos sofrendo com preços baixos por causa da produção de shale oil nos EUA, o cartel internacional e os russos estão agora posicionados para pressionar os consumidores norte-americanos. A missão da Opep é gerar máximo retorno aos produtores.

Fator 2: Inflação

O Fed criou um tsunami de liquidez via redução de juros e flexibilização quantitativa ao ritmo de US$120 bilhões por mês. O banco central americano disse que não está pensando em desmontar esses estímulos no curto prazo por causa da sua obrigação de buscar “máximo emprego”.

Além disso, essa inundação de dólares em estímulos governamentais para estabilizar a economia americana durante a pandemia colocou mais combustível na fogueira inflacionária. Depois de mais de um ano de uma política monetária e fiscal acomodatícia sem precedentes, o índice de preços ao consumidor (IPC) de maio sentiu o impacto. O IPC subiu 5%, com o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, aumentando 3,8%, nível mais alto em quase três décadas.

A inflação deteriora o poder aquisitivo do dinheiro e impulsiona os preços das matérias-primas. O petróleo não é exceção, na medida em que a alta da inflação é a mola propulsora da tendência de alta no mercado de energia.

Fator 3: Demanda só tende a crescer – Fique de olho no comportamento dos preços de outras duas commodities energéticas

Após um ano de distanciamento social e teletrabalho, o avanço da vacinação está fazendo as pessoas voltarem ao trabalho. E as viagens até o local de trabalho aumentam o consumo de gasolina. Além disso, as tão aguardadas férias irão aumentar a demanda por gasolina e combustível de aviação, além de outros produtos petrolíferos. A demanda de energia aumenta à medida que a Covid-19 vai ficando no espelho retrovisor.

Cabe lembrar que o petróleo não é a única commodity de energia em tendência de alta.

Embora o mercado futuro de gás natural esteja em baixa temporada, os preços apresentam tendência de alta, registrando mínimas ascendentes desde junho de 2020.

Gás natural semanal

Fonte: CQG

O gráfico semanal mostra que o gás natural futuro atingiu a máxima de US$3,33 por MMBtu em 11 de junho, preço mais alto de 2021, o dobro do preço de junho passado, quando atingiu a mínima de 25 anos de US$1,432. O gás natural com entrega em julho fechou a US$3,296 na sexta-feira. A última vez em que a commodity energética ficou acima desse preço foi em junho de 2014.

Etanol semanal

Fonte: CQG

Além disso, o preço de US$2,31 por galão de etanol no atacado é o mais alto desde abril de 2014. O biocombustível disparou na esteira da valorização da gasolina, milho e açúcar. Nos EUA, o milho é o principal ingrediente do etanol. No Brasil, a cana-de-açúcar é a matéria-prima para a produção do biocombustível.

O aumento de demanda, a mudança na política energética norte-americana e o aumento da inflação criam uma tempestade quase perfeita para a disparada do petróleo. O próximo teste está em US$76,90 por barril, que pode abrir espaço para níveis que não eram vistos desde 2014. O gás natural e o etanol já atingiram os preços mais altos desde aquele ano; no gás natural, do ponto de vista de junho, e no etanol, em relação ao seu preço nominal. O petróleo pode estar prestes a se juntar a eles, já que o caminho de menor resistência continua sendo para cima.

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