- O mercado de criptomoedas vem registrando forte volatilidade recentemente.
- Mas as principais criptos dispararam antes do próximo movimento do Fed.
- Com isso, houve a formação de padrões técnicos interessantes no bitcoin, cosmos e ripple.
Os últimos dias no mercado de criptomoedas foram marcados pela maior volatilidade, principalmente devido aos eventos em torno da quebra do Silicon Valley Bank. Em tese, a aversão ao risco deveria gerar uma forte queda nas moedas digitais. Mas, ao que tudo indica, os investidores estão com maior apetite para o risco.
O forte movimento de alta que estamos vendo, principalmente em criptomoedas populares, como o bitcoin e o ethereum (crescimento mais forte dos últimos sete dias entre as 10 principais moedas digitais por capitalização de mercado), se deve à expectativa do mercado em relação à postura do Fed na próxima reunião de política monetária.
É bastante provável que o Federal Reserve, em um esforço para acalmar os mercado, abandone os planos de elevar as taxas de juros em 50 pontos-base e opte por um movimento menor de 25 pb ou até mesmo não mexa nas taxas.
A maior volatilidade abre espaço para a formação de padrões técnicos interessantes. Apresentamos a seguir as três principais formações nas criptos:
1. Ombro-cabeça-ombro invertido no bitcoin
Desde junho passado, os preços do bitcoin formaram um ombro-cabeça-ombro invertido, o que sinaliza uma reversão da tendência. Mas o lado da demanda conseguiu atacar a possível linha de pescoço na região dos US$ 25.000, como resultado do recente impulso de alta.
Se virmos um rompimento para cima, o próximo alvo está acima dos US$ 30.000. É aí onde se encontra uma região importante de resistência. Por enquanto, no entanto, o que podemos ver a partir da forte rejeição do lado da oferta é a defesa dessa zona, o que resultou em uma longa sombra superior do último candle.
Ainda podemos falar em uma possível negação da formação se o preço ficar abaixo do ombro direito, isto é, se romper os US$ 20.000. No entanto, diante das expectativas do mercado em relação à decisão do Fed, o cenário altista é o mais provável.
2. Cosmos se aproxima do topo da cunha
Após um forte rali no fim de 2021 e início de 2022, o cosmos passou alguns meses em uma profunda correção.
Atualmente, há uma consolidação, com uma leve tendência de alta na forma de cunha. O rompimento dessa formação deve ter um impacto na direção do preço no médio e longo prazo.
Os compradores têm como alvo a região de US$ 22, caso haja um rompimento para cima. O cosmos pode se mover para cima da mínima de junho na região dos US$ 6 em caso de rompimento para baixo.
3. Quando o ripple irá romper a bandeira?
A formação de bandeira é um dos padrões técnicos mais populares. Ela geralmente assume a forma de um movimento corretivo em relação ao impulso anterior.
Essa situação pode ser encontrada no gráfico do ripple, que vinha em uma tendência de queda desde o segundo semestre de janeiro. Assim como com o cosmos, um rompimento para cima pode ser considerado um sinal de alta.
Nesse caso, os alvos para o lado da demanda coincidem com as máximas do ano, que estão próximas de 0,43. O rompimento dessa região abre espaço para um ataque da forte zona de oferta localizada um pouco abaixo dos US$ 0,50.
A negação da bandeira pode gerar um reteste da região de 0,32, repetidamente defendida.
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Aviso: O autor não possui atualmente qualquer posição nos ativos mencionados.