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3 Ações de Crescimento em Tecnologia que Caíram Forte e Podem Voltar a Disparar

Publicado 30.03.2022, 10:01
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As ações de tecnologia de alto crescimento passaram vários meses sob forte pressão de venda, mas voltaram a se firmar nos últimos pregões, graças à rotação de setores, que está desfavorecendo setores tradicionais da economia, como energia, materiais e serviços financeiros.

Isso fez com que o Nasdaq Composite, que tem grande peso de tecnologia, subisse quase 16% desde a mínima de um ano tocada em 14 de março, com os investidores apostando novamente nas techs.

NASDAQ Composite

Assim, apresentamos três nomes nos quais vale a pena ficar de olho, sobretudo investidores interessados em ações de rápido crescimento em tecnologia.

1. Shopify

  • Desempenho no acumulado do ano: -46%
  • Recuo desde a máxima histórica: -57,8%
  • Capitalização de Mercado US$93,7 bilhões

Considerada por muitos como uma das grandes vencedoras da pandemia em 2020-21, a Shopify (NYSE:SHOP) (SA:S2HO34) foi bastante castigada neste ano, em meio à liquidação geral em empresas de tecnologia de alto crescimento, principalmente aquelas com elevados múltiplos P/L.

Depois de obter ganhos consideráveis de 184% e 21% nos dois anos anteriores, as ações da Shopify perderam quase metade do seu valor de mercado em 2022, devido ao persistente impacto de vários fatores negativos sobre o desempenho dessa especialista em comércio eletrônico. O mais alarmante de tudo é que as ações da Shopify, que acumulam queda de 46% no ano, também recuaram quase 60% desde a máxima histórica de US$1.762,92 de novembro de 2021.

A SHOP afundou até seu nível mais baixo desde abril de 2020, a US$510,02, em 14 de março, antes de se recuperar no fim do pregão de terça-feira para US$743,98. Nos níveis atuais, a plataforma de marketplace com sede em Ottawa, Canadá, tem um valor de mercado de US$ 93,7 bilhões.

SHOP diário

Além da pressão de venda decorrente do aumento dos juros, o sentimento em relação à empresa – que ajuda comerciantes a montar lojas on-line de varejo e gerenciar suas marcas – sofreu outro duro baque por conta de preocupações com suas perspectivas de crescimento no pós-pandemia.

A Shopify alertou, em seu balanço do 4º tri, divulgado em meados de fevereiro, que suas vendas impulsionadas pela Covid poderiam cair neste ano, diante da desaceleração da atividade de e-commerce, bem como dos possíveis impactos negativos da inflação sobre os gastos dos consumidores.

Apesar da dramática desaceleração no crescimento, as ações do Shopify parecem estar prestes a estender sua recuperação nos próximos meses, graças ao status da empresa como um dos principais nomes no setor de software de comércio eletrônico, com quase 2 milhões de comerciantes em 175 países.

Não é de surpreender que 21 de 40 analistas pesquisados pelo Investing.com classificam a SHOP como “acima da média”, o que implica um upside de 35% em relação aos níveis atuais de US$1.006,91/ação. Apenas um analista pesquisado recomenda “venda” no papel.

SHOP - estimativas consensuais

Fonte: Investing.com

2. Uber Technologies

  • Desempenho no acumulado do ano: -11,3%
  • Recuo desde a máxima histórica: -41,9%
  • Capitalização de Mercado US$72,7 bilhões

As ações da Uber Technologies (NYSE:UBER) (SA:U1BE34) sofreram nos últimos meses, com os investidores fugindo de empresas de tecnologia de alto crescimento mais sensíveis às elevações de juros por conta dos seus valuations esticados.

A plataforma de contratação de motoristas particulares viu seus papéis caírem até seu nível mais baixo desde maio de 2020, a US$28,28, no início de março, desvalorizando-se cerca de 32% em determinado ponto deste ano, em meio à liquidação generalizada no setor de tecnologia.

Desde então, a UBER se recuperou desses profundos declínios, mas acumula perdas de 11,3% neste ano e de cerca de 42% em relação ao pico recorde de US$64,05 alcançado em fevereiro de 2021. Suas ações fecharam ontem a US$37.19, o que concede a essa especialista em mobilidade sediada em São Francisco, Califórnia, uma capitalização de mercado de US$72,7 bilhões.

UBER diário

Os investidores voltaram a acreditar nessa castigada tech após uma série de eventos positivos, como acordos de parceria com empresas de táxi na cidade de Nova York e São Francisco, com o objetivo de integrar mais veículos à sua plataforma, além de notícias de que garantiu uma nova licença de um ano e meio para operar em Londres.

A Uber divulgou bons resultados para o 4º tri financeiro em fevereiro, superando as expectativas tanto de receita quanto de lucro. A empresa também registrou seu maior número de usuários ativos em sua história. Esses números robustos fizeram com que a gerência da Uber melhorasse a perspectiva para o seu atual trimestre, citando uma “significativa” melhora na demanda por mobilidade.

Em vista disso, as ações da UBER podem registrar uma alta de cerca de 11% nos próximos 12 meses, de acordo com o modelo do InvestingPro, fazendo-a se aproximar do seu valor justo de US$41,24 por ação.

UBER - estimativas de valor justo

Fonte: InvestingPro

Analistas independentes estão ainda mais otimistas: O preço-alvo médio dos 46 analistas pesquisados para a UBER é de cerca de US$59,00, o que representa um potencial de alta de aproximadamente 60% em relação aos níveis atuais nos próximos 12 meses.

UBER - preço-alvo dos analistas

Fonte: Investing.com

3. Twitter

  • Desempenho no acumulado do ano: -5,8%
  • Recuo desde a máxima histórica: -49,6%
  • Capitalização de Mercado US$32,5 bilhões

O Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) tem visto suas ações enfrentarem certa turbulência ultimamente, diante de temores de que o Federal Reserve seja mais agressivo na elevação de juros, o que está provocando uma reviravolta em muitas empresas de tecnologia bem cotadas nos últimos meses.

As ações da plataforma de mídia social despencaram até a mínima de 20 meses de US$31,30 em 24 de fevereiro, uma queda de 26% em determinado momento deste ano, em meio ao forte “reset” nos valuations de uma série de ações de tecnologia esticadas, antes de registrar um moderado repique, que reduziu as perdas acumuladas no ano para cerca de 6%.

O TWTR fechou a US$40,69 ontem à noite, cerca de 50% abaixo do seu pico recorde de US$80,75 tocada em fevereiro de 2021. Nos níveis atuais, a empresa sediada em São Francisco, Califórnia, possui uma capitalização de mercado de US$32,5 bilhões.

TWTR Daily Chart

Considerando a posição única do Twitter na indústria de publicidade móvel, acreditamos que a companhia está pronta para estender sua recuperação ao finalmente mostrar sinais de fundo após uma brutal liquidação que a fez perder metade do seu valor de mercado nos últimos 12 meses.

Sob a liderança do novo CEO Parag Agrawal, que assumiu o cargo depois que o cofundador Jack Dorsey deixou o cargo em novembro, o Twitter assumiu um novo compromisso de retornar mais capital aos acionistas, anunciando um programa de recompra de ações de US$ 4 bilhões em meados de fevereiro.

Agrawal, que atuou anteriormente como diretor-geral de tecnologia da companhia, também deseja acelerar as iniciativas do Twitter de oferecer novos produtos aos clientes, como diferentes serviços por assinatura.

Apesar de ficar aquém das estimativas dos analistas em receita e lucro no 4º tri, a plataforma de mídia social reiterou que seu objetivo de alcançar 315 milhões de usuários diários monetizáveis até o fim de 2023 permanecia inalterado. O Twitter tinha 217 de usuários diários ativos monetizáveis de 31 de dezembro, um aumento de 13% ano a ano.

De fato, os modelos quantitativos do InvestingPro indicam um potencial de alta de quase 12% nas ações do TWTR em relação aos níveis atuais, nos próximos 12 meses, até o valor justo de US$45,46.

TWTR Fair Value Estimates

Fonte: InvestingPro

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