MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Ouro teve em seus últimos dias um movimento surpreendente em um mercado de baixo volume, com maior valorização dos últimos três meses, fechando o ano acima de US$1155, com valorização de 1,5%.
O movimento se deu pela desvalorização do dólar nas ultimas duas semanas em relação as moedas emergentes, fato este que facilita a compra do metal para os países que não possuem moeda corrente em dólar.
Além disso, alguns fundos consideraram o ouro subvalorizado, já que possíveis riscos de 2017 ainda não foram embutidos em seu preço, já que o otimismo reina no mercado, logo, se aproveitaram e fizeram compras pontuais nos últimos dias.
O ano de 2016 foi definitivamente um ano difícil para o ano, que saiu de R$140 (o grama) em janeiro, fechando a R$118,80, representando uma queda de 15,14%. Por outro lado, é importante destacar que a desvalorização esteve ligada ao dólar, já que lá fora, a onça fechou o ano valorizado em 7% aproximadamente.
Portanto, para este ano, devemos ficar de olho no momento de reversão do ouro, que considerando a recente estabilidade da onça e possível aumento do dólar, mostra um bom momento para compra.
Para esta semana, hoje será parado devido ao feriado nos EUA, mas esta semana ainda teremos alguns indicadores relevantes, principalmente os números do mercado de trabalho (EUA) e ata do FOMC.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&FBOVESPA – R$118,80 (Fechamento 29/12 -0,17%)
DÓLAR
Dólar fechou o ano de 2016 cotado no comercial a R$3,25, registrando a maior queda acumulada, em termos percentuais, dos ultimos sete anos, se transformando em um preço mais alinhado com a realidade.
O fato do dólar ter desvalorizado tanto, já que no inicio do ano esteve cotado acima de R$4,00, se deu pela própria distorção de realidade que o preço alto significava, afinal o país passava por uma tremenda turbulência, logo, o mercado tinha que embutir no preço do país o seu próprio risco.
Após Temer ter assumido, junto com as reformas propostas, apesar dos pesares, o mercado começou a visualizar o país com maior previsibilidade, logo, o real foi ganhando força.
Consequentemente, o que tivémos foi um reajuste para dentro de uma nova realidade, assim como a valorização do índice de nossa bolsa de valores, que se tornou o investimento do ano, devido a sua enorme desvalorização que se antecedeu.
Já para 2017, será dificil o real continuar se valorizando no mesmo ritmo do ano que se passou, pois algumas incertezas vem a frente, vide, Donald Trump e os próximos passos do governo brasileiro em relação as reformas, assim como possíveis surpresas da Lava-Jato.
Portanto, acreditar em um dólar acima de R$3,50 passa a ser possível a frente.