- Os resultados serão divulgados na quinta-feira, 1 de novembro, após o fechamento do mercado
- Expectativa de receita: US$ 61,43 B
- Lucro por ação: US$ 2,78
A Apple (NASDAQ:AAPL), empresa mais valiosa do mundo, divulgará seus resultados para o quarto trimestre de 2018 hoje, e não há dúvidas de que o mundo ficará de olho.
Para os investidores da Apple e suas ações, dois fatores são os mais importantes para esses dias: melhorar as vendas por meio de preços mais altos e diversificar sua fonte de receitas para além dos iPhones. No curto prazo, a companhia está tendo um enorme sucesso nas duas frentes.
1. Melhorar as vendas por meio de preços mais altos
Um ano depois de aumentar o preço do seu principal iPhone para US$ 999, no último trimestre, a Apple divulgou um crescimento maior nas vendas. Embora não tenha havido um aumento substancial nos volumes de iPhone, a forte demanda do iPhone X ajudou a aumentar o preço médio de venda do emblemático smartphone em US$ 118, elevando-o para US$ 724, o que impulsionou o crescimento da receita total do iPhone em 20%.
O lançamento de novos modelos de computadores nesta semana, como os PCs Mac e os iPads renovados, apontam para uma estratégia similar. A empresa está aumentando significativamente os preços dessas novas versões, apostando na fidelidade dos seus clientes e na sua disposição de pagar mais pelos produtos da Apple. Houve um aumento de 20% no preço do MacBook Air, de 60% no Mac mini e de cerca de 25% no iPad Pro.
2. Diversificação da sua fonte de receitas para além dos iPhones
A outra parte da estratégia da Apple para fazer as vendas crescerem em meio a um volume mais lento de smartphones é reduzir sua dependência em relação ao iPhone. Ao aumentar a parcela da sua receita proveniente dos seus serviços e do segmento “outros produtos”, a companhia acredita que ainda pode crescer ao ritmo intenso que seus investidores esperam.
De fato, até agora, essa divergência está se aprofundando. Tantos os serviços da Apple quanto o segmento “outros produtos” cresceram 30% no último trimestre. Embora esses negócios possam eventualmente compensar a lentidão do crescimento do iPhone, acreditamos que a Apple ainda tem o poder de estabelecer preços mais altos para seus principais aparelhos, sem diminuir a demanda de forma significativa.
Essa é a principal razão pela qual o desempenho das ações da Apple foi muito melhor em comparação ao de outras gigantes da tecnologia na atual queda do setor. No momento em que escrevo, suas ações, que finalizaram o dia de ontem em US$ 218,86, caíram apenas 6% desde o pico de US$ 233,47 atingido no início de outubro.
Em média os analistas entrevistados pela FactSet esperam que a Apple divulgue uma receita de US$ 61,43 bilhões para o último trimestre, um aumento de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado, e um lucro por ação de US$ 2,78, para o mesmo período do ano passado, um ganho de 34%.
Resumo
Apesar de ter havido uma certa deterioração do ambiente macro neste ano, não vemos nenhuma ameaça para a avaliação de US$ 1 trilhão da Apple nem para seu crescimento. De fato, as ações da companhia é a beneficiária líquida do fluxo de fundos proveniente das ações das redes sociais para as gigantes de hardware.
Empresas como Facebook (NASDAQ:FB) e Google (NASDAQ:GOOGL) estão sob pressão por causa dos problemas com a privacidade de dados. A Apple, que está imune a esse escrutínio, está bem posicionada para atrair essa saída de fluxo com base na força dos seus negócios e na atração do seu sólido programa de retorno de capital, na forma de dividendos e recompras de ações.
Apesar de todo o barulho atual do mercado, a compra de ações da Apple para o longo prazo ainda é uma estratégia vencedora.