Publicado originalmente em inglês em 06/08/2021
Um novo acordo bipartidário de infraestrutura nos EUA pode receber sinal verde do Senado em breve. A iniciativa abrange transporte (ou seja, estradas, aeroportos, portos e estações de carregamento de veículos elétricos), banda larga e utilidade pública, como sistemas hídricos e de energia.
De acordo com um relatório recente da McKinsey:
“Em 2015, a secretaria de orçamento congressual estimou que, para cada dólar gasto em infraestrutura, benefício econômico foi de até US$2,20. O Conselho Americano de Assessoria Econômica calculou que US$1 bilhão de investimento em infraestrutura de transportes sustentaria 13.000 empregos por um ano. Além dos números, a infraestrutura é fundamental para a saúde e o bem-estar do país.”
À medida que aumentam os gastos com infraestrutura, diversas ações devem se beneficiar. Por isso, apresentamos hoje dois fundos com cotas negociadas em bolsa (ETFs) que fornecem acesso a uma carteira diversificada de empresas de infraestrutura e energia limpa.
1. VanEck Vectors Steel
- Preço atual: US$63,40
- Média de 52 semanas: US$29,47- 68,22
- Retorno do dividendo (Yield): 1,30%
- Taxa de administração: 0,56% por ano
O fundo VanEck Vectors Steel (NYSE:SLX) investe em empresas do setor de aço. O fundo começou a ser negociado em outubro de 2006 e possui um patrimônio líquido de US$191 milhões.
Muitas indústrias ao redor do mundo dependem do aço. A Deloitte ressalta que, entre essas indústrias, estão: “o setor de defesa, transporte e engenharia pesada, energia e construção (incluindo aeronáutica e construção de navios). Além disso, a indústria de ferro e aço está estreitamente ligada à indústria química e leve”.
A China é a maior produtora de aço do mundo, seguida de Índia, Japão e EUA. Pelo lado da demanda, a China é o maior país consumidor da matéria-prima.
O SLX, que possui 26 participações, rastreia os retornos do índice NYSE Arca Steel. Um terço das empresas do ETF vem dos EUA. Em seguida temos Brasil (24,96%), Austrália (14,68%) e Holanda (9,38%). As 10 principais participações do fundo representam cerca de 73% da sua carteira.
Entre seus principais nomes estão: a produtora de minério de ferro Vale (SA:VALE3) (NYSE:VALE), a mineradora Rio Tinto (LON:RIO) (NYSE:RIO), bem como as fabricantes de aço e produtos derivados ArcelorMittal (NYSE:MT) (SA:ARMT34), Nucor (NYSE:NUE) (SA:N1UE34) e POSCO (NYSE:PKX).
No último ano, o ETF acumula alta de cerca de 122% e atingiu sua máxima plurianual em maio. Um grande número de empresas do fundo deve se beneficiar da demanda de aço para infraestrutura e o setor automotivo, não só dos EUA, mas também da China e Índia. Para investidores buy-and-hold, uma possível correção até US$60 melhoraria a margem de segurança.
2. SPDR S&P Kensho Intelligent Structures
- Preço atual: US$46,26
- Média de 52 semanas: US$30,96-49,00
- Retorno do dividendo (Yield): 0,89%
- Taxa de administração: 0,45% por ano
O fundo SPDR S&P Kensho Intelligent Structures (NYSE:SIMS) investe em empresas inovadoras que estão envolvidas em infraestrutura conectada e de inteligência. Essas empresas geralmente se concentram em edifícios inteligentes, redes de energia inteligentes e infraestrutura hídrica e de transporte inteligente.
O SIMS, que possui 54 participações, rastreia o índice S&P Kensho Intelligent Infrastructure. O fundo começou a ser negociado em dezembro de 2017. Sua alocação setorial é: equipamentos e componentes elétricos (13,03%), maquinário industrial (11,66%) e materiais de construção (8,99%). Os 10 principais nomes respondem por 26% do seu patrimônio líquido de quase US$51,7 milhões.
Entre as principais empresas em seu portfólio estão: Carrier Global (NYSE:CARR), fornecedora de soluções para edifício sustentáveis; o grupo de tecnologia Silicon Laboratories (NASDAQ:SLAB); a britânica Atlantica Sustainable Infrastructure (NASDAQ:AY), fornecedora de soluções de energia renovável; e a fornecedora de sistemas de radiofrequência Qorvo (NASDAQ:QRVO) (SA:Q1RV34).
O ETF gerou um retorno de 41% no ano passado e viu sua máxima histórica em junho. Acreditamos que o fundo pode continuar impulsionando a carteira dos investidores no futuro próximo. Um recuo até US$43 melhoraria o perfil de risco-retorno para compradores de longo prazo.