Com a bolsa retomando para um viés cada vez mais positivo, voltamos a observar empresas protocolando seus pedidos de IPO.
A lógica por trás disso é bastante simples: Companhias tentam aproveitar um momento onde o mercado está mais “comprador” para captar recursos ao maior preço possível.
Contudo, a ponta inversa também é válida. Em um momento de incertezas e situações mais complexas, as ofertas podem acabar saindo de cena.
Não à toa, algumas Companhias anunciaram seus pedidos de abertura de capital ao início do ano, em épocas de bull market com a bolsa a 120 mil pontos, e se viram na obrigação de adiar o processo — afinal, a chegada inesperada do coronavírus mudou complemente o humor, trazendo um cenário bem diferente do que o esperado.
Uma Companhia que anunciou mais recentemente o seu pedido de abertura de capital foi a incorporadora Lavvi, uma joint venture constituída em 2016 com participação da Cyrela (SA:CYRE3), que tem como foco atuar no segmento de médio e alto padrão na cidade de São Paulo. Ainda estão pendentes muitas informações sobre a oferta, como a faixa de preço e o cronograma estipulado.
A festa parece muito boa e as emissões podem vir com tudo. Do nosso lado, faremos a lição de casa com relação às análises de oferta. No entanto, reitero a percepção de que, como analista, não é grande o meu conforto com emissões neste momento sob as atuais circunstâncias.
Vamos acompanhar.