O PPI nos EUA ontem demonstrou os pontos aos quais preconizamos sobre o atacado e o papel da China neste contexto, pois o choque de ofertas já não mais notícia e preço com a mesma intensidade de poucos meses atrás, dado como o país tem lidado com a pandemia, a qual continua presente.
Neste sentido, os sinais de novos estímulos do país se avolumam, porém ainda persistirá a questão sanitária até as eleições presidenciais em novembro, assim como os planos desesperados de controlar a inflação por parte do governo Biden.
Ainda que o PPI emita um sinal importante, afinal, a inflação ao atacado de hoje, é a do varejo de amanhã, o tempo é esguio para as eleições legislativas nos EUA e o risco dos democratas perderem ao menos uma das casas cresce a cada dia.
Hoje o dia é repleto de indicadores de atividade econômica, igualmente importantes na percepção do que o Fed poderá fazer na próxima semana, pois os temores de uma aceleração do aperto monetário e da retirada de liquidez do sistema crescem a cada dado de inflação ou atividade econômica mais forte.
Aliás, a próxima semana concatena praticamente todas as decisões de juros importantes no mundo, com destaque ao COPOM, onde projetamos manutenção da taxa aos atuais 13,75% aa e PBoC, BoJ, BoE, BCE o obviamente, o FOMC.
No caso dos BCs europeus e do Fed, a expectativa de recrudescimento do aperto monetário passa necessariamente pela questão inflacionária e como observamos ontem tanto no Reino Unido, quanto na Zona do Euro, os índices anuais continuam a registrar recordes consecutivos, ambos com o breve alívio do atacado.
Ainda hoje, temos atividade econômica no Brasil com o IBC-Br logo na abertura e nos mercados internacionais, é a véspera do Quadruple Witching, a data em que os futuros de índices de ações, opções de índices de ações, opções de ações e futuros de ações únicas vencem simultaneamente nas bolsas americanas.
Neste cenário, o dia promete no mínimo uma sessão volátil, como tem sido as últimas no mercado financeiro e somente após a série de definições que devem ocorrer na próxima semana, um rumo poderá ser tomado, seja ele de melhora ou piora pelo apetite do prêmio de risco.
Commodities, dólar em queda, futuros em alta nas bolsas internacionais prometem uma abertura sem rumo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem sem rumo, na expectativa por uma série intensa de indicadores de atividade econômica.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com China mantendo as taxas de médio prazo estáveis, porém prometendo novos estímulos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro, em leve alta.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, sem rumo concreto em meio às dúvidas sobre recessão, oferta e juros no mundo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,88%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1646 / -0,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / 0,080%
Dólar / Yen : ¥ 143,38 / 0,210%
Libra / Dólar : US$ 1,15 / -0,269%
Dólar Fut. (1 m) : 5188,00 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,76 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 24: 13,12 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 26: 11,67 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 27: 11,62 % aa (0,61%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2232% / 110.547 pontos
Dow Jones: 0,0968% / 31.135 pontos
Nasdaq: 0,7402% / 11.720 pontos
Nikkei: 0,21% / 27.876 pontos
Hang Seng: 0,44% / 18.930 pontos
ASX 200: 0,21% / 6.843 pontos
ABERTURA
DAX: 0,290% / 13065,83 pontos
CAC 40: -0,190% / 6210,62 pontos
FTSE: 0,495% / 7313,30 pontos
Ibov. Fut.: -0,17% / 111636,00 pontos
S&P Fut.: 0,18% / 3954,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,113% / 12155,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,06% / 120,10 ptos
Petróleo WTI: -0,95% / $87,64
Petróleo Brent: -0,91% / $93,24
Ouro: -0,40% / $1.690,36
Minério de Ferro: 0,04% / $100,80
Soja: 0,41% / $1.461,00
Milho: 0,18% / $683,25
Café: -2,84% / $217,60
Açúcar: 0,44% / $18,34