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É a Hora de Investir?

Publicado 08.01.2022, 19:00
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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"A hora de investir" foi o título do lançamento de meu livro. No processo de escrever o livro, em meados de 2019, o Ibovespa alcançava máximas históricas, em minhas pesquisas confirmava, o mercado de capitais crescera mais de 700% desde 1998. O movimento das quedas na taxas de juros no Brasil, em viés expansionista, foi constante até a taxa Selic (a taxa básica de juros do País) chegar a 2% a.a. O ambiente econômico favorável e eufórico, equipe econômica liberal, com programa de concessão de privatizações, programa de marcos legais para ferrovias, energia e aeroportos. Contudo, o vírus inesperado e, como uma peste, rodou o planeta e mudou o cenário econômico. Forçou bancos centrais a socorrer empresas, famílias, e governos a investirem em compras de vacinas para garantir a saúde pública, a geração de renda e o saneamento básico.

No dia do lançamento do livro em meados de junho de 2021, reforcei aos investidores simpatizantes do tema: a hora de investir é hoje. Nas primeiras semanas de 2022, momento em que escrevo esse artigo, reforço, a hora de investir é hoje.

Desde agosto de 2020, a taxa básica de juros estava em 2% ao ano, menor patamar histórico. O objetivo era estimular o crescimento econômico diante da crise financeira gerada pela pandemia da Covid-19. No entanto, os aumentos seguidos dos preços colocou a autoridade monetária em alerta. A série de alta da Selic começou em março de 2021 para conter a inflação. Começamos o ano de 2022 com inflação em dois dígitos, em 10,74% (12 meses), taxa Selic a 9,25% a.a., dólar a R$ 5,60 e Ibovespa em 101.000 pontos.

Um dos principais motivadores ao lançar o meu livro é o Benjamin Graham, autor do livro "O Investidor Inteligente", e autor de alguma das melhores frases do mercado financeiro, como essa: "No curto prazo, o mercado é uma máquina de votação, mas no longo prazo é uma máquina de pesagem.". De fato o investidor inteligente nos ensina maneiras de se isolar das emoções do mercado, não ignorar o o medo e a loucura dos outros nem os seus próprios, mas pensar em maneiras de se tornar mais racional.

Enquanto os analistas dos principais bancos previam Ibovespa a 140.000 pontos, Selic a 5% a.a, os mais céticos diversificavam investimentos com fundos DI e investimentos dolarizados. Ao que parece, a grande maioria do "senhor mercado" erraram, e agora, ficaram apenas o histórico dos relatórios, para estudiosos se debruçarem em leituras.

Fato que diante desse cenário, surgem diversas perguntam, e agora, é hora de investir? É hora de vender as ações? É hora de comprar CDB pós, aumentar posição em fundos DI? Aproveitar os títulos de crédito privado com pagamento de IPCA + 5%? É hora de comprar Tesouro IPCA+ 2030 com juros semestrais? É hora de investir em BDR's?

No cenário atual temos diversas oportunidades, tanto para investidores conservadores, moderados como para os mais arrojados. Vou explicar o por quê, para um investidor conservador ou que precise de liquidez para o seu dinheiro, pode aplicar em fundos DI, ou renda fixa bancária, na qual vai ter rendimento mensal de mais de 0,5% a.m. Para um investidor moderado que queira aproveitar a alta da inflação, e não necessite de uma liquidez imediata, existem inúmeras ofertas de Dêbentures, CRA's com vencimento de 03 a 05 anos que estão pagando IPCA + 5% a.a. Os investidores mais arrojados, adeptos a filosofia do "value investing", focados em longo prazo, podem aproveitar as ações de diversos setores como o de bancos, varejo, alimentos e energia  com múltiplos bons e preços baixos. Assim como o sol nasce para todos, as oportunidades estão para todos os investidores. "O investidor inteligente é um realista que vende para otimistas e compra dos pessimistas." Benjamin Graham, o investidor inteligente.

Contudo, existem precauções pela frente, as duas reformas que seriam de vital importância para melhorar a economia brasileira, possuem pouca chance de serem aprovados nesse Governo. A reforma tributária de autoria do Poder Executivo, o PL 2337/2021 está no Senado Federal sem tramitação, e não existe um consenso sobre o tema. E a PEC 32/20 reforma administrativa, que altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa, está sujeita a apreciação do plenário, também, sem consenso sobre o tema.

Sem contar que 2022 é ano eleitoral, e por histórico, ano eleitoral aprova-se poucas reformas. O ano eleitoral trará certa incerteza, tendo em vista que candidatos populistas estarão na disputa pelo executivo.

No final de 2021, os holofotes econômicos ficaram com a PEC dos precatórios. O debate para aprimorar o orçamento brasileiro foi intenso, e a equipe econômica conseguiu convencer o parlamento. A emenda constitucional que permitiu o parcelamento do pagamento dos precatórios (dívidas do governo reconhecidas em caráter definitivo pela Justiça) representou a principal mudança nas contas públicas em 2022. Aprovada sem alterações pelo Senado, a primeira parte da PEC. A segunda parte da PEC promulgada pelo Congresso, houve alteração dos parlamentares. A alteração no teto de gastos inclui o Auxílio Brasil de R$ 400, no qual substitui o Bolsa Família, e se torna o maior programa de renda do Governo, o parcelamento dos precatórios, entre outros gastos.

Entre as conquistas do Ministério da Economia está o marco legal das ferrovias, o marco legal das energias e a concessão de aeroportos. O programa de privatizações ainda é tímido, mas conta com avanços, como leilões de algumas subsidiárias das principais estatais do Governo.

Mesmo em um ano de aumento de gastos, a economia brasileira conseguiu entregar uma dívida PIB de 88%, menor do que é a atual dívida/PIB hoje nos Estados Unidos da América, que possui uma dívida PIB de 128%, principalmente após o programa generoso de injeção de liquidez na economia do Presidente Biden.

Dentre os diversos projetos bons que ficaram pelo caminho, o parlamento brasileiro não teve maturidade para fazer caminhar. Para variar no fechar das cortinas do ano de 2021, o parlamento aprovou um bem gordo fundão eleitoral, pago as custas de dinheiro do Tesouro Nacional, ou seja, dinheiro do cidadão.

Os Bancos Centrais  da Europa, Estados Unidos, mantiveram juros baixos, e agora irão sentir a inflação alta, e não será diferente no Brasil. Na China, as gigantes da construção civil abalaram diversos setores. Além disso, mostrou que nossas empresas, principalmente as que dependem das commodities, estão sujeitas as manipulações de preços feita pelos chineses.

Assim como diz o maior investidor pessoa física da bolsa brasileira Luiz Barsi, no Brasil existem muitos especuladores, mas poucos investidores. Espero que sirva de lição para os próximos anos, e que continuemos a difundir educação financeira, e possamos evoluir como sociedade para termos um mercado financeiro mais liberal, com livre concorrência e melhores oportunidades. é nas crises que surgem oportunidades.

A hora de investir é agora!
IPCA e Selic

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