Por Jarrett Renshaw
(Reuters) - A Casa Branca revelou nesta segunda-feira como o governo distribuirá 42 bilhões de dólares entre os 50 Estados do país para ampliar o acesso à banda larga de alta velocidade até 2030.
Os 42 bilhões de dólares em financiamento do Programa de Equidade de Acesso e Implantação de Banda Larga é baseado em um mapa de cobertura da Comissão Federal de Comunicações recém-lançado que detalha as lacunas de acesso.
Texas e Califórnia -- os dois Estados norte-americanos mais populosos -- lideram a lista de financiamento com 3,1 bilhões e 1,9 bilhão de dólares, respectivamente. Mas outros Estados menos populosos, como Virginia, Alabama e Louisiana, também estão entre os dez primeiros da lista de financiamento, devido à falta de acesso à banda larga.
A medida marca o início da segunda fase da jornada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacando como a legislação aprovada pelo Congresso durante a primeira metade de seu mandato afetará os norte-americanos comuns enquanto ele se prepara para sua tentativa de reeleição em 2024.
"Temos uma oportunidade histórica aqui para fazer uma diferença real na vida das pessoas e garantir que aproveitemos esse potencial é o que fazemos todos os dias, certificando-nos de que as pessoas sintam isso em sua mesa de cozinha, em suas comunidades, em seus quintais", disse o chefe de gabinete da Casa Branca, Jeff Zients.
Zients comparou o esforço para expandir o acesso à banda larga aos esforços do presidente Franklin Roosevelt em 1936 para levar eletricidade às áreas rurais do país. O governo estima que existam cerca de 8,5 milhões de localidades nos Estados Unidos sem acesso a conexões de banda larga.
Empresas como Verizon (NYSE:VZ), Comcast (NASDAQ:CMCSA), Charter Communications (NASDAQ:CHTR) e AT&T (NYSE:T) estão relutantes em fornecer acesso a comunidades rurais de baixa população porque os investimentos são caros e as regiões não oferecem muitos assinantes. A falta de acesso à banda larga chamou a atenção durante a pandemia, que forçou os alunos a estudar de forma remota.
A expectativa é que os Estados apresentem planos iniciais ainda este ano, que desbloquearão 20% do financiamento. Assim que os planos forem finalizados, o que pode levar até 2025, o governo irá liberar o dinheiro restante.
Biden também deve fazer o que as autoridades da Casa Branca descrevem como um importante discurso econômico na quarta-feira em Chicago, apresentando os chamados "Bidenomics", de acordo com um memorando dos conselheiros sêniores Anita Dunn e Mike Donilon aos democratas do Congresso e outros aliados.
O discurso se concentrará nas tentativas de Biden de construir a economia focando na classe média em vez dos ricos. Os conselheiros observaram que a economia criou mais de 13 milhões de empregos desde que Biden assumiu o cargo, incluindo quase 800 mil empregos na indústria manufatureira.