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Pessimismo no Brasil reflete aversão ao risco no exterior; crise interna amplifica

Publicado 28.03.2019, 10:41
Pessimismo no Brasil reflete aversão ao risco no exterior; crise interna amplifica
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Investing.com - Após atingir os 100 mil pontos na semana passada, o Ibovespa encerrou apenas uma sessão no positivo, acumulando perdas de 8,09% no período. Há também aumento no preço do dólar, com a moeda americana se valorizando 4,7% ante real e passando dos R$ 4,00 na abertura da sessão de quinta-feira (28). Às 10:31, a cotação foi a R$ 3,9656 após intervenção do Banco Central, que oferece em leilão até US$ 1 bilhão em operação venda com compromisso de recompra, além dos tradicionais swaps cambiais, correspondentes a venda futura de dólares para rolagem do vencimento de abril.

A crise política entre o governo Jair Bolsonaro e o Congresso, especialmente as trocas de farpas com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, coloca em dúvida a aprovação da reforma da Previdência. O desentendimento é um dos principais fatores para a desvalorização dos ativos brasileiros, mas também amplifica os efeitos do crescente sentimento de aversão ao risco nos mercados internacionais.

O que acontece no exterior?

A percepção de desaceleração do crescimento das principais economias se confirma com a frequência de divulgação de indicadores econômicos fracos, auxiliado pelo tom dovish do Fed em anunciar, na semana passada, o objetivo de não elevar os juros nos EUA este ano e finalizar o programa de redução de balanço em setembro.

A consequência desse panorama foi a inversão da curva de rendimentos dos títulos americanos na sexta-feira, ou seja, os ganhos com papéis de curto prazo da dívida do governo americano são maiores do que os de longo prazo. No passado, essa inversão era uma sinalização de recessão, e a última vez que ocorreu foi em 2007, prestes à crise financeira de 2008. A inversão continua nesta semana, com o rendimento do título de 3 meses a 2,433%, enquanto os ganhos do título de 10 anos estão em 2,388%.

Nesta semana a desconfiança chegou aos emergentes. Estes países apresentam as principais desvalorizações monetárias e de índices acionários na semana, combinando o pessimismo nas economias desenvolvidas com problemas políticos e econômicos internos.

No mercado de moedas, o peso argentino sofre a maior perda, perdendo 6,23% ante o dólar na semana por causa da perspectiva crescente de escassez de divisas para honrar compromissos externos.

Já a bolsa de valores da Turquia (BIST 100) tem o pior desempenho, com queda acumulada de 9,84% na semana, com dólar se valorizando mais de 3% sobre a lira turca apenas no início da sessão de hoje após o fracasso do Banco Central turco de conter vendas a descoberto offshore. A Turquia está sob desconfiança dos investidores internacionais desde o mal-fadado golpe de Estado, em 2016, que buscou a destituição do presidente do país, Erdogan, do cargo. Desde então, Erdogan centralizou o poder com autoritarismo. Neste domingo, serão realizadas eleições municipais no país.

O Brasil não fica alheio a esse panorama. O real e o Ibovespa são a segunda moeda e índice acionário, respectivamente, com maiores perdas na semana entre os países do G-20. A combinação entre pessimismo no exterior e crise política interna entre os Poderes Executivo e Legislativo acaba levando o país a estar presente nas maiores perdas internacionais desta semana entre os principais mercados internacionais.

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