Garanta 40% de desconto
🚀 Ações escolhidas por IA em alta. PRFT com alta de +55% em 16 dias. Não perca as ações de junho!Acessar lista completa

Em metamorfose, Bemobi quer ser fintech de concessionárias em países emergentes

Publicado 08.09.2022, 08:56
Atualizado 08.09.2022, 13:35
© Reuters
B3SA3
-
CIEL3
-
ENGI4
-
EQTL3
-
STNE
-
BMOB3
-

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Bemobi (BVMF:BMOB3) planeja fazer acordos em diversos países para prover pagamentos e outros serviços financeiros a clientes de concessionárias de serviços públicos, tentando capitalizar ganhos com a digitalização de usuários ainda não alcançados pelos bancos digitais.

O plano vem a público cerca de um mês após a companhia ter 'entrado' no setor elétrico, oferecendo pagamento digital para clientes da Equatorial (BVMF:EQTL3) e da Energisa (BVMF:ENGI4) em várias regiões do Brasil.

"Vamos levar para outros países a experiência que tivemos no Brasil", disse à Reuters o cofundador e presidente-executivo da Bemobi, Pedro Ripper.

O plano sedimenta uma virada no negócio da Bemobi, que estreou na B3 (BVMF:B3SA3) no começo de 2021 se vendendo como distribuidora de games e aplicativos para operadoras de telecomunicações, serviços que respondiam por cerca de 80% de sua receita total.

Com parte dos 1,1 bilhão de reais levantados com a venda de ações novas, meses depois comprou a fintech chilena Tiaxa e recomprou da Cielo (BVMF:CIEL3) a Multidisplay, reforçando a estrutura 'white label', quando uma empresa aluga sua estrutura operacional, mas o produto aparece ao usuário final com a marca do cliente.

Desde então, a empresa deslanchou uma iniciativa até então recente, a oferta de serviços bancários digitais como pagamentos, compra de recarga de celular, microcrédito e parcelamento de faturas para as chamadas 'utilities', o que já faz no Brasil e em outros 40 países. Essa reviravolta ajudou a receita da Bemobi disparar 119% no primeiro semestre, corroborando a preservação do caixa, hoje de cerca de 500 milhões de reais.

Isso também protegeu parcialmente suas ações contra o ceticismo pós-pandemia que dizimou o setor, com investidores cobrando das fintechs evidências de que podem ser rentáveis. Desde a estreia na bolsa, sua ação perdeu 1/3 do valor. Para efeito de comparação, o papel da StoneCo (NASDAQ:STNE) caiu 90%.

"Somos uma empresa em metamorfose", disse Ripper, contando que os negócios de fintech já respondem por quase metade da receita da Bemobi.

Não é a primeira guinada da companhia, que tem entre os sócios o grupo norueguês Otello, que foi criada em 2009 para operar com dados móveis. Seis anos depois, passou a operar com modelo de assintura de conteúdo para o setor de telecom.

A ordem agora é aproveitar o interesse das concessionárias de serviços como eletricidade, saneamento e gás para ter um canal financeiro direto com seus clientes, num mercado potencial de mais de 2,6 bilhões de pessoas em países emergentes, segundo as contas da Bemobi.

De quebra, a empresa acabou montando um modelo de avaliação de risco de crédito especializado em famílias de menor renda, com base no histórico de pagamentos às concessionárias de telecom, produto que tem vendido para bancos digitais.

"Em segmentos da população com dados de crédito mais rarefeitos, nós podemos competir com os bureaus de crédito", disse Ripper.

LISTAGEM NO EXTERIOR?

Se a capacidade de perceber e se mover rápido para boas oportunidades de negócios tem sido uma de suas fortalezas, por outro lado a Bemobi reclama das dificuldades de explicar a natureza de seu negócio para os investidores.

"O mercado ainda não compreendeu totalmente o nosso negócio", admite Ripper. "Na verdade, eu não consigo nem que a minha mãe entenda exatamente o que a gente faz."

© Reuters. Pessoa faz pagamento por aproximação com smartwatch
REUTERS/Michael Dalder

O executivo conta que avalia uma possível listagem futura da Bemobi em bolsas no exterior que já tenham um maior volume de empresas baseadas em tecnologia, o que facilitaria para o mercado compará-la com outras de perfil parecido e já foi sondada nesse sentido por bolsas norte-americanas.

"Mas primeiro temos que fazer nossa lição de casa com nossos investidores", concluiu.

(Edição Paula Arend Laier)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.