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Buffett, Barsi: A Hora do Investidor de Valor

Publicado 20.07.2022, 14:27
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O barão de Rothschild, banqueiro judaico radicado na Inglaterra, durante as guerras napoleônicas aumentou a sua fortuna ainda mais, em um momento de grave crise mundial. Enquanto o mundo “sangrava” ele investia e enriquecia ainda mais.

Outro investidor famoso de nosso tempo, Warren Buffett, sempre aproveitou muito bem esses momentos, geralmente nos momentos de pânico e grandes crises, ele sai às compras. Foi durante a grande crise de 1987 que ele montou a sua famosa posição na Coca-Cola (NYSE:KO) (BVMF:COCA34) e durante a crise de 2008, que também montou posição em grandes bancos americanos e na General Electric (NYSE:GE) (BVMF:GEOO34). Por aqui, Luiz Barsi Filho, o maior investidor de nossa bolsa, sempre comemora as derrocadas do mercado e compra no momento de pânico.

O mundo parece viver um momento de crise, a inflação empobrece as famílias, agravado pelo covid e desmantelamento das cadeias de produção e da guerra da Rússia com a Ucrânia. O mercado financeiro já projeta um forte aumento de juros globalmente, para combater a inflação e os exageros dos bancos centrais nos últimos anos.

Nesses momentos de aperto monetário, sempre os preços das ações caem. A Nasdaq, índice de tecnologia americana, se desvaloriza perto de 30%, desde o topo do ano passado, o S&P500, índice de referência composto pelas principais 500 ações americanas, cai desde o fim do ano passado mais de 20% e por aqui, a dinâmica foi a mesma, desde julho de 2021 a nossa bolsa despencou 26%.

Nesses momentos de crise descobrimos o porquê poucos são bem sucedidos no mercado acionário. O pequeno investidor vem saindo do mercado acionário, tanto aqui, quanto lá fora. Os resgates só aqui no Brasil, nos fundos de ações já somam mais de R$ 50 bilhões apenas em 2022 e a participação do investidor pessoa física no volume negociado na bolsa brasileira, desabou de 17% para 11%. Lá fora o movimento vem sendo bem parecido, o pequeno investidor vem sacando as suas ações com medo da inflação e da escalada na crise energética europeia.

Se voltarmos no tempo, em todas as crises anteriores esses movimentos se repetiram. Foi na crise do subprime em 2008, na reeleição de Dilma Rousseff em 2015, na crise do covid em 2020. Tantas outras vezes foram sempre a mesma justificativa, o mundo vai acabar e passaremos por um período como a idade média, de sombras e pobreza. A história nos mostra que desde que o capitalismo existe, tudo se ajusta e volta ao normal. Os mercados voltam a subir e as ações se valorizam novamente, principalmente os bons negócios.

O brilhante psicólogo e escritor Daniel Kahneman, autor da obra-prima “Rápido e devagar” e ganhador do prêmio de economia de 2002, tem um vasto trabalho sobre esse tema. O ser humano tem uma aversão à perda muito maior que o prazer de um ganho. Segundo o autor, o ser humano tem um viés chamado aversão a perda, que faz com que ele sofra pelo menos 2,5 vezes mais em uma perda do que um lucro em igual magnitude.

Esse é o motivo, que em momentos de crise o pequeno investidor faz exatamente o oposto, do que deveria fazer. Ele vende as suas ações no fundo e em pânico, fazendo exatamente o contrário. Nos momentos de euforia compram no topo, porque todo mundo está lucrando à sua volta. Criando uma verdadeira máquina de perder dinheiro.

Todos os grandes investidores que acompanhamos no mercado entenderam bem esse sistema, se aproveitam dessas crises e vão às compras. Eles sabem que vão comprar bons negócios a bons preços apenas nesses momentos. Ficam esperando ansiosamente pela crise para irem às compras. Warren Buffett iniciou o ano de 2022 com mais de U$ 150 Bilhões em caixa, já sabemos que ele vem consumindo essa montanha de dinheiro nos últimos meses, comprando ações do setor de tecnologia e commodities. Luiz Barsi há poucos meses deu uma entrevista afirmando "Estou comprando como nunca”, é sabido que o megainvestidor anda comprando ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), da Vibra (BVMF:VBBR3) e Cosan (BVMF:CSAN3).

Nesse momento o mercado brasileiro negocia a múltiplos de preço vs o lucro (ou payback da bolsa) nas mínimas históricas dos últimos anos. O índice Bovespa tem uma média de precificação de 12 vezes lucros e hoje está negociando a menos de 8 vezes lucros, um desconto de 50%. Olhando pela óptica dos dividendos, o mercado oferece várias opções de excelentes empresas, pagando mais 10% de dividend yield (dividendos pagos nos últimos 12 meses dividido pelo preço de ativos). Isso tudo é sinal que realmente a nossa bolsa está muito barata.

De um lado temos o pequeno investidor vendendo as suas ações e fundos de ações, com a prerrogativa de que a taxa SELIC vai chegar perto de 14% ao ano e do outro temos os grandes investidores fazendo “a festa” comprando tudo que o amador vem vendendo. Quem está certo? Não preciso responder essa pergunta, pois está claro o vencedor dessa disputa.

Em breve a SELIC vai cair, talvez em 2023, e o investidor de valor vai ter comprando excelentes empresas a um excelente preço. Provavelmente só de dividendos, esses profissionais estarão recebendo bem mais que o CDI da época. Quando o índice Bovespa estiver negociando nas máximas, o discurso muda e o investidor iniciante volta para o mercado, comprando no topo e vendendo em pânico no fundo.

 

 

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